As chuvas fortes que têm caído na região fizeram com que a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil de Óbidos (Compdec), no oeste do Pará, decretar estado de alerta.
O documento de 18 de janeiro de 2019, foi promulgado após o relatório da Compdec, realizado no início do ano, apontar o agravamento da situação das áreas de risco mapeadas na zona urbana.
Segundo a prefeitura, medidas para o enfrentamento dos danos causados pelas enxurradas e para prevenção de tragédias estão sendo adotadas por todos os órgãos da administração municipal.
Áreas de riscos
Segundo levantamento preliminar, mais de 1.500 famílias residem em áreas de risco somente na área urbana de Óbidos. O mapeamento aponta três grandes áreas: Rua Antônio Fernandes (bairro de Fátima), Engenho (bairro São Francisco), e o perímetro de extensão das barreiras que vai desde o centro da cidade até o bairro de Santa Terezinha.
“O estado de alerta foi necessário porque a situação ficou ainda mais grave nessas áreas. Redobramos o nosso monitoramento e inclusive já chegamos a retirar uma família da área das barreiras. Tudo fica ainda mais complicado porque constroem casas perto de encostas sem nenhum tipo de cuidado. Em outros casos, o próprio morador joga o lixo que causa parte desses problemas”, disse o coordenador da Defesa Civil, Jamerson Pimentel.
Chuvas nesta quinta
Na madrugada e manhã desta quinta-feira (7) uma forte chuva atingiu alguns municípios da região oeste do Pará, incluindo Óbidos – que alcançou 52,6 milímetros nas primeiras horas de chuva segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), baseado nas informações obtidas nas estações meteorológicas automáticas.
Com isso, foram registradas várias ocorrências em diferentes bairros da cidade. No bairro Bela Vista, quatro postes de sustentação da rede elétrica caíram e outros dois tombaram próximo ao residencial Adonias Silva. O fluxo de pedestres e veículos foi interditado no local pelo Departamento Municipal de Trânsito (Demutran), até que a empresa concessionária de energia normalizar a situação.
Uma casa desabou no final da rua Siqueira Campos no centro da cidade. O imóvel que ficava próximo à barreira já estava interditado pela Defesa Civil. A família foi retirada há cerca de 90 dias e está recebendo auxílio da Secretaria Desenvolvimento Social por meio do aluguel social. Em breve, uma nova moradia deve ser destinada aos moradores.
Outro registro de dano causado pela enxurrada foi no balneário Curuçambá, distante 7 km da cidade. O material utilizado na obra de recuperação da PA-249 foi levado pela água da chuva para o leito do igarapé Curuçambá, causando o assoreamento.
Nível do rio
A Defesa Civil também está atenta para a elevação do nível do rio Amazonas em frente à cidade. Na segunda-feira (4), o Amazonas atingiu a marca de 5,39 metros. Apenas 1,21 metros da cota máxima para o período que é de 6,60 metros.
Mesmo com a repentina subida do nível do rio nas últimas semanas, a situação ainda é considerada estável.
