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Golpistas usam CPF de vítimas para sacar auxílio de R$600 no Pará

Foto: Divulgação
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Criminosos estão usando o CPF de terceiros para receber o auxílio emergencial de R$600, pago pelo governo federal, no Pará. O golpe atinge desde quem têm direito ao benefício até quem realmente precisa do dinheiro.

Sem poder trabalhar, a diarista Mara Lúcia ainda não conseguiu receber a ajuda do governo oferecida devido à crise causada pela pandemia da Covid-19.

“Não consegui entrar no aplicativo da Caixa pelo fato de hackeadores entrarem usando o meu CPF pra fazer os procedimentos. Eles fizeram dois saques de R$600 cada um”.

A estudante Delize Mezzomo conheceu quem já passou pelo problema. “Uma pessoa próxima a mim teve erro no cadastro pelo sistema e o CPF não queria ir, aí ela pediu pra eu verificar se estava acontecendo alguma coisa. Fui olhar, e outra pessoa havia feito cadastro”, disse.

As estudantes Jéssica Arraes e Danielli Felisberto descobriram que também tinham sido vítimas do golpe e se juntaram para denunciar junto à Polícia Federal.

“Procurei a PF, fiz o boletim de ocorrência e fui orientada pelo policial a pedir para meus colegas também fazerem essa denúncia”, afirmou Jéssica Arraes.

Quem tem direito?

O auxílio pago pelo governo federal é destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais, autônomos e desempregados durante três meses, segundo a Caixa Econômica Federal.

Pela lei que criou o auxílio, só tem direito ao benefício os trabalhadores com renda familiar de até R$3.135,00.

Cadastro

O cadastro para receber o auxílio pode ser solicitado por aplicativo no celular, que recebe solicitações de todo o Brasil.

A Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), vinculada ao Ministério da Economia, é a empresa pública responsável por oferecer soluções para execução das políticas sociais e reconhece que precisa aprimorar a análise de dados para identificar quem tem direito ao benefício.

A quem denunciar golpes?

Golpes podem ser denunciados à PF, que a partir das informações repassadas, começa a traçar as linhas de investigação, como explica o delegado da PF, Murilo Moura:

“Há maneiras (de identificar os criminosos) usando o IP do telefone nas investigações. Nós conferimos se realmente o telefone é daquela pessoa e se a referida conta (acessada pelo golpista) realmente é vinculada a quem acessou. Então, assim, tem como descobrir, mesmo sendo difícil de se proteger”, afirmou.

Em nota, o Ministério da Cidadania informou que possui um telefone para denúncias sobre utilização indevida de CPF, o 121.

Fonte: G1 Pará

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