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Exército faz reconhecimento de áreas atingidas por queimadas no Pará

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Nesta terça-feira (27), militares do Exército iniciaram o reconhecimento terrestre e fluvial em áreas atingidas por incêndios no Pará. A ação ocorre no eixo Belém – Marabá – Altamira, São Félix do Xingu, e Novo Progresso.

Segundo o Exército, após o reconhecimento das áreas, as ações devem focar em combate à incêndio, a garimpos ilegais e madeireiros clandestinos, e outros crimes ambientais. Atualmente, mil militares oriundos de Organizações Militares do Exército, na área do Comando Conjunto Norte, foram treinados e estão aptos a atuar no combate ao incêndio florestal. Segundo o Exército, a meta é chegar, ainda na quarta-feira (28), a 1500 militares treinados para a atuar na força-tarefa.

Nesta terça-feira (27), a Polícia Civil mandou duas equipes investigarem a denúncia de que produtores rurais teriam se organizado para promover queimadas há duas semanas, em um evento batizado de Dia do Fogo. A Polícia Federal também apura o caso.

São Félix do Xingu

Quarenta e sete militares estão área de proteção ambiental Triunfo do Xingu, no município de São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. Eles atuam do reconhecimento da área, mas não no combate direto às chamas. De acordo com o Governo do Pará, equipes da Secretaria de Meio Ambiente estão no local há cinco dias na região realizando operações contra o desmatamento ilegal.

De acordo com o Exército, os militares são oriundos do 52º Batalhão de Infantaria de Selva de Marabá. Essa tropa realiza reconhecimentos terrestres e fluviais para confirmação dos locais com possíveis focos de incêndio.

Vários focos de queimada foram registrados pela equipe de reportagem da TV Globo que sobrevoou a área de proteção ambiental. Em uma fazenda da região onde, segundo denúncias, o incêndio teria começado, funcionários afirmaram que atearam fogo em cinco mil hectares de terra. Ainda de acordo com os trabalhadores, o objetivo era queimar mais de 20 hectares.

O maior receio é que o fogo avance sobre a mata nativa. Na região, nas propriedades rurais se usa fogo para limpar pasto ou avançar em novas áreas.

Os agentes estiveram nessa área onde a destruição avançou rapidamente entre maio e agosto, como mostram as imagens de satélite do sistema deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

Eles constataram um desmatamento de 5 mil hectares. Mais de 50 pessoas estavam desmatando a região por ordem do dono da fazenda, que segundo o Ibama, pretendia desmatar outros 15 mil hectares de floresta. O coordenador da fiscalização recebeu a denúncia de que quatro homens morreram após acidentes enquanto derrubavam as árvores. A insegurança é outro problema. Há relatos de trabalhadores do instituto que foram alvo de assaltantes.

Foto: Wilson Soares – com informações do G1 Pará

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