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Mães de Altamira se unem na prevenção ao suicídio

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No dia 9 de fevereiro um fato chocou os moradores de Altamira, no sudeste do Pará. Um adolescente de 17 anos pulou do alto de uma torre na praça do Mirante. Esse foi um dos vários suicídios na cidade desde o início do ano.

Para acolher essas famílias, o Movimento Mães do Xingu organizou uma série de atos chamando atenção para a prevenção ao suicídio. O primeiro ocorreu ainda no mês de agosto, no local aonde o adolescente se suicidou. As mães fixaram placas em toda a praça, com frases de valorização a vida.

Neste sábado, 5, na orla do Cais, somando-se ao movimento nacional do Setembro Amarelo, as Mães do Xingu fazem outra ato simbólico. Elas irão soltar balões amarelos com os nomes das vítimas e com frases que lembrem a vivencia de mãe e filho.

“Quando a gente começou com o acolhimento das mães que perderam seus filhos dessa forma tão trágica, chamamos atenção para a questão dos adolescentes com ideação suicida e tivemos resultados, os casos reduziram”, observa a coordenadora do Movimento Mães do Xingu, Malaque Mauad.

De janeiro a abril desse ano, 15 pessoas se suicidaram em Altamira, nove eram jovens com idade entre os 11 e os 19 anos, uma das vítimas tinha 26 anos e os outros cinco variavam dos 32 aos 78 anos. A média no Brasil, segundo o DataSus, é de 6 suicídios a cada 100.000 habitantes. Altamira tem uma média de 115 mil moradores.

Medidas

Além das manifestações de prevenção ao suicídio o movimento também solicitou a prefeitura de Altamira por meio de ofício que impedisse o acesso a torre do Mirante. O município solicitou prazo até o final de agosto para planejar o isolamento da área por se tratar de um cartão postal da cidade, porém, até o momento o espaço permanece com livre circulação.

O mesmo pedido se estende à Escola Estadual Prof. Ducilla Almeida do Nascimento, que tem em seu espaço físico uma torre de um programa de inclusão digital do Governo do Estado. Segundo a coordenação do Movimento Mães do Xingu, o equipamento está desativado e permanece no local apenas a estrutura de ferro. No mês de abril, a Justiça determinou à Secretaria de Estado de Educação (Seduc) o cercamento da área, mas a medida não é suficiente. “Há dois meses técnicos da Seduc visitaram o local e construíram um muro, mas a barreira não impede o acesso. Não tem nenhuma utilidade, não oferece internet, então porque não desmontam e retiram de lá?”, questiona Malaque.

O Ministério Público do Pará também enviou recomendação ao Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar para que realizem treinamento especializado em casos envolvendo pessoas com o objetivo de cometer suicídio, a fim de garantir que sejam empregadas na ação, técnicas especiais e respaldadas.

Em nota, a Seduc informou que a torre localizada na Escola Estadual Prof Ducilla Almeida do Nascimento, faz parte do programa Selo de Cidade Digital – serviço de internet banda larga da Prodepa. Em relação a segurança no local, a Seduc esclareceu que já foi construído um muro com proteção de concertina para garantir a segurança, além de vigilância da própria escola. A Seduc ressalta que o Ministério Público já foi informado sobre a conclusão da obra.

Fonte: Portal Roma News

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