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População altamirense protesta contra a Celpa em Altamira

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Centenas de consumidores protestaram na tarde da quarta-feira, 28 de novembro, em frente ao escritório da Celpa em Altamira, sudoeste do Pará. Os consumidores exibiram talões e protestaram, de forma pacífica, dos valores que a empresa vem cobrando. No meio da multidão, o Jornal A Voz do Xingu conversou com senhor Flávio Oliveira dos Santos, que morava na Avenida João Coelho, bairro periférico de Altamira. Ele teve que vender a casa para pagar uma multa que recebeu da Celpa no valor de mais R$ 27.000.00 (vinte e sete mil reais).

O funcionário público Washington Mesquita, apresentou a nossa equipa o talão de energia deste mês de sua residência. Ele terá que desembolsar nada mais, nada menos que R$ 1.882,16. Também encontramos várias pessoas que moram nos Reassentamento Coletivo Urbano (RUCs) que tem recebido suas contas no valor mensal superior a R$ 500,00.

Para tentar buscar uma solução, foi criado no município o Movimento Popular de Altamira (MPA), que organizou esse primeiro manifesto em frente ao escritório da empresa. De acordo com a Coordenação do MPA, a Celpa se negou até mesmo a fornecer os dados da taxa de iluminação pública que ela recebe e repassa para a Prefeitura de Altamira. Ainda de acordo com o movimento, o próximo passo será a realização de uma Audiência Pública na Câmara de Vereadores, que está marcada para o próximo dia 04 de dezembro, às 18h.

Na sequência o Movimento Popular de Altamira pretende ingressar com uma Ação Civil Pública junto ao Ministério Público contra a concessionária de energia. O Estado do Pará que possui duas hidrelétricas é também por ironia, o Estado que paga a energia mais cara do Brasil.

Em nota, a Celpa informou que quem define o valor da tarifa de energia de todas as concessionárias do país é a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, portanto, qualquer empresa que atue no Estado terá a mesma tarifa. E explica que muitos valores embutidos na conta de energia não ficam com a Celpa, como impostos, encargos setoriais, contribuição de iluminação pública, custos com compra e transporte de energia. Tudo isso representa cerca de 80% do que o cliente paga na conta de energia. Esclarece ainda que, a iluminação pública é de responsabilidade da Prefeitura e, portanto, cabe ao poder público a prestação de contas dos valores arrecadados. Já a Prefeitura de Altamira não se manifestou sobre o assunto.

Texto e Foto: Wilson Soares – A Voz do Xingu

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