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Concurso e(m) (re)curso?

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Sabe o que possuem em comum os municípios de Riachão do Poço (Paraíba), Taquarana (Alagoas), Ervália (Minas Gerais), Capanema e Ananindeua, aqui no Pará?
Todos tiveram ou terão concursos públicos com vagas para diversas áreas, inclusive, gari, auxiliares de serviços gerais, merendeiras, vigilantes, auxiliar técnico de informática etc.
Entretanto, no projeto de lei que foi encaminhado pelo executivo municipal à Câmara Legislativa altamirense, consta num artigo a extinção de algumas funções, entre elas a de gari e de auxiliar de serviços gerais.
Vale ressaltar que o gestor municipal encaminhou mensagem aos vereadores dizendo que “o município contará com uma lei mais moderna, detalhada e adequada às necessidades atuais, além de servir de base para a realização de novo concurso público”. Quando?
Em um áudio que circulou tempos atrás num aplicativo de troca de mensagens aqui em Altamira, alguém comentou que “os cargos que não terão concurso vão continuar como estão. São os garis, são os auxiliares de serviços gerais, as merendeiras, porque essas pessoas no momento não têm condições de estudar, de pagar um curso particular pra fazer”.
Mandela (1918-2013), ex-presidente sul-africano, teria dito que “qualquer um consegue elevar-se acima das circunstâncias e alcançar o sucesso se for dedicado e apaixonado pelo que faz”.
Quando vemos grandes obras para alocar secretarias, entendemos da necessidade de sair do aluguel de outros prédios, porém, que tal se a prefeitura de Altamira fizesse como a prefeitura de Juiz de Fora, em Minas Gerais?
Lá, a prefeitura abriu inscrições no início do ano para um curso preparatório para concurso, sendo que quem é cadastrado no bolsa família ou no Benefício de Prestação Continuada tem direito a isenção de taxa. Já na paulista São Bernardo do Campo, um grupo de professores organizou um curso gratuito.
Na capital paraense, em 2016, também houve a extinção de alguns cargos, como o de gari.
Por outro lado, cabe lembrar que, talvez com a terceirização de algumas funções, como vigilantes (e serviços de vigilância armada, com câmeras, portões eletrônicos etc.) e garis (limpeza pública) teríamos mais segurança, principalmente nas unidades escolares e uma cidade muito mais limpa (não dizendo que os atuais servidores não façam um bom serviço).
É importante destacar que tais vagas só seriam extintas, como prevê o mesmo artigo, quando ocorresse a vacância delas. Menos pior.
Para muitos, o entendimento quanto a não ter vagas para esses cargos não tem relação com a condição financeira da população para o estudo e, quem sabe, até uma possível aprovação.
O que se comenta nos bastidores, apesar da afirmação de que essa é uma “lei mais moderna, detalhada e adequada às necessidades atuais”, é que na prática só se valida uma velha tradição política: o voto de cabresto. 2020 é ano eleitoral.

“Qualquer um consegue elevar-se acima das circunstâncias e alcançar o sucesso se for dedicado e apaixonado pelo que faz”. (Nelson Mandela)

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