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Já choveu quase 30% a mais do que o esperado para todo o mês de março

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Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e do Centro de Monitoramento de Alertas e Desastres Naturais (Cemaden) apontam que, nesta quinta-feira (12), até as 18h30, choveram 147 milímetros. Desde sábado, a Região Metropolitana de Belém (RMB) tem passado por um ciclo de chuvas muitos fortes e longas. O acumulado, desde sábado, chega a 663 mm. Em menos de 15 dias, já choveu muito mais do que era esperado para todo o mês de março, que seria até 500 mm. Ainda há mais chuvas previstas.

Assim como na quarta-feira (11), informa a Prefeitura de Belém, o volume superou em mais de sete vezes o que era esperado para o dia inteiro. Áreas baixas da cidade voltaram a alagar e canais que sofrem influência da maré também transbordaram. Às 13h26, o pico da maré atingiu 3.6 metros. Os dados são de um balanço das ações do Comitê de Crise montado pela prefeitura.

Mais de 80 imóveis atingidos por alagamentos foram vistoriados pela Defesa Civil Municipal nesta semana. Até o momento, oito famílias precisaram deixar suas residências por abalo que compromete a segurança desses moradores. Essas pessoas estão sendo atendidas pelas equipes de assistência da Prefeitura. Elas estão alojadas em casa de familiares.

Agentes da Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana (Semob) estão atuando em diversas vias onde há pontos alagados e intrafegáveis. Têm estado, constantemente, no Ver-o-Peso, travessa Manoel Barata, ruas Municipalidade e dos Mundurucus, avenidas Pará, Alcindo Cacela, Visconde de Souza Franco, João Paulo II, Arthur Bernardes, Júlio César, Presidente Vargas, entorno do Entroncamento, travessa 14 de março e em Mosqueiro.

Por conta da chuva, trânsito lento e aglomeração de pessoas, a Guarda Municipal de Belém está com agentes nas ruas, reforçando as rondas com a Polícia Militar, para dar segurança a quem está nas paradas de ônibus, andando ou preso em áreas alagadas.

Equipes da Secretaria de Saneamento (Sesan) tiveram reforço de mais 100 agentes de limpeza, totalizando 300 trabalhadores que atuam em áreas atingidas. Essas equipes seguem atuando no conjunto Promorar, com limpeza da rede de drenagem e obras para escoamento da água da chuva, assim como na avenida Bernardo Sayão, entre Mundurucus e Caripunas, onde estão sendo realizadas ações de limpeza e dragagem do canal, bem como atendimento social aos moradores atendidos.

Os canais Tucunduba, Cabanagem, Val-de-Cans, Canal Una 2 (que atravessa os bairros Mangueirão, Cabanagem e Una) continuarão recebendo ações de limpeza nesta semana, de forma constante.

Como ainda há receio mais chuvas fortes e marés altas — até sábado para Belém e terça para região das ilhas — o ponto de arrecadação de doações de roupas, móveis e alimentos segue montado na Aldeia Amazônica, na avenida Pedro Miranda. As doações podem ser entregues de segunda a sexta, de 8h às 20h, e aos sábados e domingos de 8h às 18h. Se na semana que vem a situação estiver controlada, então o ponto será desfeito.

Três telefones foram disponibilizados para atendimento. Para moradores da área da Bacia da Estrada Nova, o número é 0800-095-0016. Para solicitação de laudos por riscos em estruturas, o número da Defesa Civil Municipal é 9839-0646. Para famílias em situação de vulnerabilidade e desabrigadas, o número da Funpapa é 98733-2914. Resgate de pessoas somente pelo 190, do Centro Integrada de Operações.

O cálculo do volume de chuvas é feito ao medir a quantidade de chuva (altura da lâmina da água formada) que caiu numa área de 1 metro quadrado. Para isso, é usado um aparelho chamado pluviômetro. Cada milímetro de chuva equivale a 1 litro de água. Ou seja, 100 mm de chuva são 100 litros de água, o mesmo que cinco garrafões de água mineral de 20 litros caindo no mesmo local de 1 metro quadrado.

Fonte: O Liberal

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