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Polícia Civil cumpre mandados contra empresa de investimentos acusada de aplicar mais de mil golpes

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A Polícia Civil deflagrou na manhã desta sexta-feira, 8, a operação Wolf, cumprindo oito mandados de busca e apreensão na casa do representante legal de empresas ligadas ao grupo Wolf Invest, empresa de investimento financeiro acusada de aplicar mais de mil golpes em Belém.

Na residência do representante, foram apreendidos diversos documentos e um revólver calibre 32, com seis munições. O investigado não estava em casa. O caseiro foi conduzido para prestar esclarecimentos.

De acordo com o levantamento realizado pelas equipes da Polícia Civil, o esquema tem indícios de movimentação de R$ 50 milhões em fraudes.

A ação policial investiga o representante legal da empresa Wolf, que seria o criador do esquema “piramidal”, caracterizado pelo contínuo recrutamento de investidores, utilizando-se dos recursos financeiros trazidos pelos clientes para remunerar os membros das camadas anteriores da “pirâmide”.

“Este tipo de esquema traz a tona o cometimento de possíveis crimes como fraude, estelionato, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e associação criminosa”, explicou o delegado-geral Walter Resende.

De acordo com os depoimentos da vítimas, muitos clientes foram atraídos pela oferta de lucros elevados em pouco tempo. A empresa Wolf Invest garantia um investimento com rendimento de até 10% ao mês.  “Uma das vítimas relatou ainda que o dono da empresa disse que os clientes que investissem acima de R$ 100 mil teriam uma escritura de imóvel no valor como garantia, chamada ‘garantia imobiliária’. Até o momento, nenhum cliente recebeu escritura de imóvel ou teve a quantia devolvida”, ressaltou o titular da Polícia Civil.

Denúncias

Um grupo de paraenses se reuniu para denunciar a empresa Wolf Invest por golpe milionário ao portal Roma News, no dia 29 de setembro de 2019. Segundo um investidor, que desembolsou mais de R$ 300 mil e não quis se identificar, o empresário Olavo Guimarães ofereceu um fundo de investimentos de rendimento mínimo 7,5% ao mês, fazendo com que ele fosse atraído e assinasse o contrato em abril de deste ano, mas não demorou muito para que esse sonho de independência financeira virasse um pesadelo.

O investidor denunciou que o pagamento mensal dos rendimentos não era feito e afirma que a maioria dos clientes demonstrava desejo de rescindir o contrato, além de pedir o dinheiro de volta. “Há pessoas que investiram acima de R$ 700 mil e estão desesperadas”, diz.

 

Com informações da Agência Pará

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