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Moradores de rua ocupam praças públicas em Altamira

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A orla de Altamira, considerada um dos cartões postais mais bonitos da cidade, no sudoeste do Pará, está sendo ocupado por moradores de rua e pessoas aparentemente alcoolizadas. A área do cais novo, onde está a maioria dos brinquedos infantis, amanhece todos os dias, ocupada por pessoas, que procuram esses espaços que são cobertos para se abrigarem. Por causa disso, o local praticamente deixou de ser frequentado. Muitas pessoas reclamam da sensação de insegurança já que não sabem se eles estão ali por falta de abrigo ou para praticar alguma atividade ilícita como roubos, furtos e até mesmo consumo de entorpecentes.

Falando em entorpecentes, hoje o município de Altamira só conta com um centro de reabilitação que sobrevive sem nenhum tipo de apoio da prefeitura local. O Centro de reabilitação Resgatando Vidas existe há mais de 7 anos e conta apenas com doações dos parentes dos residentes e amigos do projeto. No local hoje tem 58 residentes, de 19 municípios da região Transamazônica e baixo Xingu. Devido a uma decisão judicial, a Secretaria de Assistência Social do município foi recentemente obrigada a fornecer ao centro uma psicopedagoga e uma assistência social, para fazer o acompanhamento de um adolescente que foi internado no centro por medidas de proteção pessoal.

Pronto desde 2015, mas a prefeitura de Altamira nunca colocou para funcionar.

Em 2013, a Prefeitura de Altamira comprou um terreno de nove hectares na região do Assurini, zona rural do município e através de um projeto do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu – PDRSX, orçado em R$ 1,7 milhões construiu o prédio do Centro de Recuperação de Dependentes Químicos. O Prédio já está pronto e foi entregue em agosto de 2015 a prefeitura, mas até o hoje o Centro de Reabilitação nunca foi colocado para funcionar.

Enquanto as políticas públicas voltadas para o bem-estar social não chegam aos cidadãos que mais precisam na cidade, os moradores de ruas, estão cada vez mais ocupando os espaços públicos como o da orla da cidade e afastando a sociedade e principalmente as crianças de usufruírem de seus brinquedos que estão instalados nas praças públicas.

Por Wilson Soares – A Voz do Xingu

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