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Pesca representa 40% da renda na economia familiar dos moradores da várzea do Baixo Amazonas, aponta estudo

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Estudo liderado pela Sapopema (Sociedade para Pesquisa e Proteção do Meio Ambiente) mostrou que a pesca representa 40% da renda na economia familiar dos moradores da várzea do Baixo Amazonas, empregando em torno de 111 mil pessoas que são responsáveis por 65% da captura total.

Ainda de acordo com o estudo, os pescadores da várzea podem ser divididos em duas categorias, não excludentes entre si: o ribeirinho ou artesanal e o pescador comercial.

O estudo apresenta resultados de levantamento sobre os custos e benefícios dos sistemas de co-manejo do pirarucu de comunidades situadas na várzea do Baixo Amazonas, nos municípios de Santarém e Alenquer, no oeste do Pará.

De acordo com a Sapopema, o manejo de base comunitária tem sido desenvolvido na região desde o início dos anos 2000 e comunidades em parceria com entidades não governamentais têm somado esforços para gestão sustentável dos sistemas pesqueiros locais com enfoque no pirarucu.

Segundo a bióloga Neriane Nascimento, doutora em Ciências Ambientais, as iniciativas têm apresentado resultados ecológicos positivos por meio da recuperação das populações locais da espécie nos lagos de várzea. “Há indícios também que as experiências de manejo comunitário têm contribuído para o processo organizativo das comunidades, contribuindo para a sustentabilidade social do manejo” , explicou, acrescentando que a sustentabilidade econômica do manejo do pirarucu tem sido pouco estudada.

O pirarucu é uma espécie de alto valor econômico, entretanto, os investimentos para implementação e execução do manejo do pirarucu também são elevados.

No Baixo Amazonas, os sistemas de manejo de base comunitária são compostos pelas seguintes atividades: reuniões, espaço e momento de negociação e de avaliação das normas do manejo, contribuindo para a organização comunitária em torno do manejo; monitoramento dos estoques, realizado por meio das contagens de pirarucu, a partir das quais pode se estabelecer o censo populacional do pirarucu nos lagos.

Os sistemas de manejo também compreendem vigilância dos lagos, proteção dos recursos pesqueiros como prevenção à captura ilegal principalmente em períodos de maior vulnerabilidade dos estoques; captura do pirarucu, realizada pelos pescadores de forma individual ou coletiva e; por fim, a comercialização, realizada também de forma individual ou coletiva.

Atualmente, as comunidades Costa do Tapará, Ilha do Carmo, Pixuna do Tapará, Santa Maria do Tapará, Tapará Grande, Tapará Miri e Urucurituba, são as que desenvolvem o manejo do pirarucu com apoio da Sapopema no Baixo Amazonas.

Fonte: G1 Santarém

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