Neste verão amazônico, que coincide com a pandemia da covid-19, algumas pessoas devem aproveitar para sair de casa rumo aos balneários, praias, clubes e piscinas no Pará, mesmo diante das medidas restritivas à pandemia. Para quem for usufruir do tempo ensolarado precisa ter cuidados especiais com as crianças. Eles vão desde os cuidados com a pele e a alimentação quanto atenção com o novo coronavírus. Especialista recomenda a preferência para o uso de máscaras, para crianças acima de dois anos de idade, e o distanciamento social. Além do uso de protetor solar e repelente, bem como hidratação e alimentação mais leve e saudável, com ênfase ao consumo de bastante líquido, como água natural e de coco, e sucos. As orientações valem também para quem vai ficar em casa.
Segundo a pediatra Bernadette Ataíde, nesse tempo de elevadas temperaturas e clima quente e úmido, com o “verão” na região, toda orientação e cuidados com as crianças deve levar sempre em consideração também a situação atípica da pandemia da covid-19. “A recomendação para as crianças, pais e responsáveis é ainda manter o isolamento e distanciamento social, mesmo com a flexibilização hoje de alguns lugares, como em balneários, praias, piscinas, condomínios e outros. A família tem que evitar aglomerações e fazer grupo máximo de até dez pessoas da mesma família”, afirma a Ataíde, que atua na área da Nefrologia Pediátrica e pediatria em geral.
Se o lazer da criança for na piscina ou área do condomínio, é importante estar atento ao agendamento prévio, à limpeza do local e higiene pessoal. “Esses espaços são de uso comum e é importante tomar esses cuidados. De preferência, a criança deve ir só com um adulto e evitar que pessoas doentes ou com algum sintoma de gripe ou covid, até mesmo a criança, estejam nesses locais comuns. Além de manter sempre a higienização das mãos e o uso do álcool em gel. Esses são cuidados de toda a família. Porém, é importante lembrar que crianças, abaixo de dois anos de idade, não devem fazer uso do álcool em gel, porque elas podem levar as mãos na boca e ingerir o produto. O ideal para elas é lavar sempre as mãos com água e sabão”, recomenda a pediatra.
Outro cuidado com os pequenos está relacionado ao horário de exposição ao sol. O principal deles é evitar o horário de pico, que é das 10h às 16h e o uso de protetor solar. “A criança abaixo de seis meses não deve ser exposta diretamente ao sol nem usar protetor solar. As demais crianças precisam fazer uso de produtos específicos para pele infantil, que estão disponíveis nas redes de farmácias e supermercados. A família não deve passar o produto de adultos nas crianças, porque elas podem ter reações alérgicas. O fator solar para elas é de, no mínimo, 30 FPS”.
O uso de protetor solar nas crianças deve ser colocado em todas as áreas expostas e pelo menos 30 minutos antes da exposição ao sol. “Deve usar o protetor de maneira bastante generosa, ficando com uma camada esbranquiçada de protetor. Então tem que usar bastante antes da exposição e reaplicar em pelo menos a cada duas horas. Se tomar banho, secar a pele e reaplicar o protetor”, explica a pediatra Bernadette Ataíde.
Ainda segundo ela, a dúvida de muitos pais e responsáveis pelas crianças diz respeito ao uso do repelente. “Há locais em que há mosquitos e carapanã, então, as crianças podem usar repelente, mas ele deve ser aplicado 30 minutos depois do protetor solar, quando este já foi absorvido pela pele. Não pode aplicar o repelente antes do protetor, porque perde o efeito”, esclarece a médica, que atua no Hospital João de Barros Barreto, Fundação Santa Casa de Misericórdia e consultório.
Ainda nesse verão, as crianças precisam ter hidratação e boa alimentação. “Quem tem criança pequena, o ideal é levar alimentação de casa. Caso se alimentem com produtos fora de casa, é importante acompanhar a limpeza do lugar e a procedência do alimento para evitar doenças gastrointestinais. Oferecer para elas água com bastante frequência, que é o principal líquido para a criança. Além disso, pode dar água de coco e sucos de frutas naturais não ácidas”, recomenda a a pediatra Bernadette Ataíde.
Para quem ficar em casa com as crianças, os cuidados e recomendações são as mesmas. A diferença é desenvolver brincadeiras com os pequenos em casa para estimular o lado lúdico. Algumas sugestões são desenhar, pintar e fazer brincadeiras tradicionais, como pular corda, amarelinha, visconde, cabo de guerra e outras, e modernas.
Fonte: O Liberal
