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Secretaria confirma primeira morte por raiva humana no Pará; vítima é uma criança

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A Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) confirmou nesta segunda-feira (14) a contaminação por raiva no caso de uma das cinco crianças que morreram com suspeitas da doença após serem atacadas por morcegos em uma comunidade em Melgaço, no Marajó. A vítima é o primeiro caso comprovado há 13 anos no Pará. A criança morreu na sexta-feira (11) e teve contaminação atestada por exames feitas pelo Instituto Médico Legal (IML). Outros 11 casos suspeitos ainda estão sendo analisados.

Três crianças foram transferidas de Breves, no Marajó, para Belém neste final de semana com suspeita de contaminação. Com elas já são quatro vítimas internadas no hospital Santa Casa de Misericórdia do Pará, na capital.

Outras três vítimas continuam internadas no Hospital Regional de Breves, entre eles um adulto.

As vítimas são do município de Melgaço, no Marajó. Quase todas são crianças de 2 a 11 anos, à exceção de um adulto. Todos apresentam estado de saúde considerado grave.

Além dos exames realizados no Pará, amostras coletadas nas vítimas também foram enviadas para análise no Instituto Pasteur, em São Paulo.

Os sintomas encontrados nas vítimas são:

  • Febre;
  • Dispneia;
  • Cefaleia;
  • Dor abdominal;
  • Sinais neurológicos como paralisia flácida ascendente, convulsão, dificuldade de engolir, desorientação, fobia à água e sensibilidade a sons, principalmente agudos.

A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) informou que enviou para Melgaço mil doses de vacinas antirrábicas e 300 frascos de soros antirrábicos para reforçar a prevenção. As ações se concentram na localidade de rio Laguna, cerca de 70 km de Melgaço, onde residem aproximadamente 1.000 pessoas na comunidade. A Sespa disse que já foram vacinadas 500 pessoas e entregues mosquiteiros.

Ainda de acordo com a Sespa, equipes da Vigilância Epidemiológica e Vigilância em Saúde estão no local desde sexta-feira (4) para investigar as suspeitas.

Histórico de contaminação

A Sespa informou que os últimos casos confirmados de raiva humana no Pará foram em 2005, quando 15 foram registrados no município de Augusto Corrêa e 3 em Viseu, no nordeste do estado. Todos por transmissão de morcego hematófago.

Em Portel, no Marajó, os últimos casos foram em 2004, atingindo também 15 pessoas também transmitidas por morcego hematófagos. Em Viseu, outros seis casos foram confirmados em Viseu no mesmo ano.

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