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Crise de remédios no País afeta pacientes crônicos paraenses

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A crise nacional no abastecimento de remédios distribuídos somente pelo Ministério da Saúde a pacientes crônicos põe em risco também o bem-estar de milhares deles no Estado do Pará. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), 1.580 pacientes cadastrados junto ao sistema dependem das 25 medicações que o Governo Federal admite ter zerado o estoque desde o início do maio, de um total de 134, sendo que há outros 18 que devem se esgotar em um mês.

De acordo com a estimativa da Associação dos Renais Crônicos e Transplantados do Pará (ARCT-PA), os números podem ser ainda maiores: mais de três mil pacientes, sem contabilizar os que já passaram por um transplante.

Embora seis delas tenham sido repostas na última semana e haja a expectativa de reposição dos demais 19 rótulos esgotados até o fim do mês, as quantidades enviadas devem cobrir apenas 30 dias de tratamento.

No próximo dia 29 deste mês, o titular da Sespa, Alberto Beltrame, que acumula ainda o cargo de presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), se reúne em Brasília (DF) com o ministro Luiz Henrique Mandetta, para contribuir em uma força-tarefa que busca construir uma solução para manutenção dos fármacos.

VELHO PROBLEMA

Diretora da ARCT-PA, Belina Soares confirma que a falta ou escassez de medicação não é algo de novo na realidade dos mais de 3,2 mil renais crônicos e 900 transplantados, segundo dados da própria Associação. “Pelo menos três remédios estão em falta. Os que ainda tem estão contados ‘certinho’, sem reserva, embora todo o planejamento tenha sido feito. E não sabemos se vai ter para o mês que vem”, teme. “Os quantitativos já estavam vindo menores em relação ao que era solicitado. Se a gente pedia 200 mil comprimidos/mês, recebíamos 120, 70”, relata. A falta atinge ainda pacientes em tratamento de câncer de mama, leucemia em crianças, artrite reumatoide, esquizofrenia, infecção crônica pelo vírus da Hepatite B e C, doença de Parkinson e Alzheimer
e inflamações diversas.

em andamento”, explica.

Ainda segundo Beltrame, como cada medicação representa um processo diferente de compra, é o estágio de cada um que acaba por definir o tempo de entrega: alguns já estão na fase de assinar o contrato, outros na fase de distribuição, outros no fim da licitação, etc. “Mais que uma crise administrativa, é uma crise humanitária”, reconhece.

Fonte: DOL

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