Motoristas que percorrem a PA 415, rodovia estadual que liga Vitória do Xingu à Altamira, no sudoeste do Pará, reclamam das más condições do trecho que tem cerca de 45 km de extensão. Considerada como uma das rodovias mais importante da região Transamazônica, já que é por aqui, que chega e sai boa parte dos produtos e de pessoas que utilizam o meio fluvial como transporte, a estrada também está ganhando o título de perigosa, isso porque muitos acidentes já foram registrados na pista, inclusive alguns com vítimas fatais. Motoristas que precisam trafegar diariamente pela PA, dizem que a situação está mais perigosa nos últimos dias, devido aos buracos que voltaram a aparecer.
O taxista Otacílio Santos, que sempre passa na rodovia, relata que tem prejuízos com os buracos. “Agora mesmo eu bati em um buraco para desviar de um carro. Precisa consertar que deve ter desalinhado o carro com certeza”, disse. Edvan Mendes é outro motorista que também reclama das condições da estrada. “Às vezes, sem querer, a gente pode passar para a contramão e correr riscos. Então é o caso de fazer melhoria na estrada, né, para a gente chegar em segurança no nosso destino”.
A PA foi pavimentada em 2008. Entre os anos de 2012 e 2015, época do auge da construção da Usina de Belo Monte, a estrada recebeu um reforço na camada asfáltica para suportar o maquinário que foi utilizado nos canteiros de obras da hidrelétrica. Em 2019, a PA teve que ser recuperada de novo, pois vários trechos naquela época também apresentavam péssimas condições de trafegabilidade.
Hoje em dia, quem trafega pela PA, cobra a manutenção da estrada. Muitos também questionam o fato de o Governo do Estado instalar câmeras eletrônica de controle de velocidade ao longo da estada, antes de fazer essa recuperação. A instalação dessas câmeras além de controlar a velocidade, tem a finalidade de trazer mais segurança a quem circulas pelas estradas do Pará. Segundo o gerente do Detran em Altamira, pelo menos 5 pontos de câmeras eletrônicas serão instalados na região, sendo uma na saída de Vitória do Xingu e outra no km 20 da PA-415, e outras três na entrada da cidade de Altamira.
Por Wilson Soares e Valéria Furlan – A Voz do Xingu
