O Pará tem, ao todo, 11 casos confirmados da variante brasileira P1 do novo coronavírus, o Sars-Cov-2, de acordo com a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa). O número não aumenta desde 10 de fevereiro de 2021, quando a Sespa confirmou nove casos da nova variante.
Em nota, a secretaria informou que o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen-PA) está enviando amostras de outras regiões do Pará para que sejam sequenciadas e, assim, identificar se há a circulação de novas variantes em outros municípios.
A secretaria informou, neste domingo (7), que entre os casos 9 foram detectados na última análise feita em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), para sequenciamento de amostras de pessoas entre 26 a 75 anos. Outros dois foram anunciados no dia 29 de janeiro.
Todos os casos são da região oeste do estado, que faz fronteira com o Amazonas. Os pacientes são de Santarém, Óbidos e Monte Alegre.
Em Santarém, são seis pacientes, sendo três mulheres e três homens e nenhum deles foi internado. Uma das pacientes teve coleta feita após a morte.
Em Óbidos, são três casos confirmados, sendo duas mulheres e um homem, com idade entre 28 a 41 anos, todos da mesma família, estão bem clinicamente e fazem tratamento em domicílio.
Já em Monte Alegre, são 2 homens com idade de 42 e 53 anos, ambos estão bem e em domicílio.
Nova variante tem potencial de reinfecção
Especialistas que acompanham a evolução do novo coronavírus afirmam que a variante chamada de P.1, identificada em Manaus no começo do ano, tem potencial para infectar pessoas que já tiveram a Covid-19. Entretanto, a análise exige cautela e os pesquisadores aguardam estudos conclusivos.
A imunologista Ester Sabino, pesquisadora do Instituto de Medicina Tropical-USP, participou de um artigo internacional sobre o “ressurgimento” da Covid-19 em Manaus, publicado na revista científica “The Lancet”.
Uma das possibilidades avaliadas pelos cientistas é que as novas linhagens do SARS-CoV-2 podem escapar da imunidade gerada em resposta à infecção anterior. O artigo já relata que houve ao menos um caso de reinfecção em Manaus associado à linhagem P.1.
Fonte: G1 Pará
