A Polícia Federal disse na tarde desta quinta-feira, 12, que não vai divulgar o conteúdo apreendido na casa do vice-governador do Pará, Lúcio Vale (PL). A declaração foi dada em coletiva de imprensa na Superintendência da Polícia Federal, em Belém.
Segundo a PF, a operação Vissaium, desenvolvida pela Polícia Federal, Controladoria-Geral da União (CGU), e Receita Federal, deflagrou a segunda fase da Operação Carta de Foral, que desarticulou uma organização criminosa responsável por fraudar licitações e contratos públicos em dez municípios paraenses. Entre esses municípios estão Ipixuna do Pará, Mãe do Rio, Ourém, Santa Maria do Pará, São Caetano de Odivelas, São Miguel do Pará, Viseu, Marituba e Cachoeira do Piriá.
As investigações apontam que a ORCRIM movimentou, entre 2010 e 2017, mais de R$ 39.000.000,00 (trinta e nove milhões de rais) em recursos públicos do FNDE e FUNDEB. Cerca de 12 empresas de fachada foram montadas para fraudar licitações, mas a maioria era de merenda escolar. A operação investiga agora as fraudes das licitações de merenda escolar e pagamento de vantagem indevida a agentes públicos.
Foram identificados quatro núcleos: um político, que contava com a participação de um partido de expressão nacional; um grupo de servidores públicos municipais, que ajudavam na operacionalização da fraude; um grupo de empresários, que montavam as empresas; e um grupo de lavagem de dinheiro que ajudavam a branquear o dinheiro recebido através das ações criminosas.
Fonte: Portal Roma News