O procedimento anual para os segurados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) comprovarem que estão vivos, a chamada prova de vida, já foi realizado 271.778 vezes no Pará, em 2021. Em 2020, foram registrados 373.797 procedimentos. Neste ano, ainda precisam ser feitas 271.410 comprovações no estado, segundo informa o INSS Pará, para que todas as provas de vida sejam realizadas.
Desde o início da pandemia de covid-19, em março do ano passado, tanto os aposentados e pensionistas do INSS quanto os segurados do Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), do funcionalismo público federal, foram dispensados da obrigatoriedade de realizar a prova no mês de aniversário. Mesmo que o sistema tenha permanecido aberto, o governo paralisou o bloqueio dos pagamentos de quem não realizou a comprovação, como medida de segurança para evitar o aumento da contaminação pelo vírus.
No dia 13 deste mês, no entanto, foram anunciadas mudanças. O governo federal vai voltar a cobrar a prova de vida dos aposentados e pensionistas do INSS, mas decidiu dar mais tempo para os servidores públicos aposentados retomarem o cadastramento. Para eles, a prova de vida continua suspensa até 30 de junho. Para os atendidos pelo INSS, por outro lado, a cobrança passa a valer a partir de 1º de junho.
O objetivo da prova de vida é evitar fraudes e pagamentos indevidos de benefícios. A aposentada Graça Costa, de 61 anos, que deu entrada em seu benefício no INSS após sofrer dois aneurismas, compreende a importância de seguir as recomendações do governo. “Eu entendo que a prova de vida é necessária, para que ninguém possa enganar o governo e receber o dinheiro de forma errada. Eu gosto de fazer tudo direitinho”, assegura.
Graça Costa conta que o aniversário da data de início de sua aposentadoria é no mês de setembro, por isso fará a prova de vida, mais uma vez, no mesmo período. Já a servidora pública federal Carolina Melo Lopes, de 65 anos, técnica-administrativa aposentada da Universidade Federal do Pará (UFPA), anuncia que deve fazer a prova ainda nesta semana, “o mais rápido possível”. “Por mais que para o servidor público federal só volte a ser obrigatória (a prova de vida) depois do dia 30 de junho, eu quero fazer logo para não acabar esquecendo”, declara.
A comprovação para os aposentados do INSS pode ser feita pela internet, pelos aplicativos “Meu INSS” e “Meu Gov.br” e no banco em que a pessoa recebe o benefício. No novo calendário do Instituto, beneficiários que tinham previsão de fazer a prova de vida em fevereiro do ano passado precisam cumprir a obrigação até o dia 31 de maio deste ano. Aqueles com calendário inicial previsto para março e abril de 2020 têm até junho para fazer a prova.
De acordo com o INSS, em todo o país, 160 mil aposentados e pensionistas que deveriam ter feito o processo em fevereiro do ano passado precisam realizar a prova de vida até o dia 31 de maio, para receberem normalmente o benefício no próximo mês.
Biometria facial
O INSS iniciou em fevereiro a nova etapa da implementação da prova de vida por biometria facial. Em parceria com a Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, a Dataprev e o Serpro, 5,3 milhões de beneficiários de todo o país poderão realizar o procedimento sem sair de casa, como parte de projeto piloto iniciado no ano passado. Inicialmente, a modalidade não é destinada a todos os públicos.
Segundo o INSS, a novidade é a possibilidade de realizar a prova de vida usando apenas um aplicativo, o meu gov.br e não mais dois aplicativos, como era antes, incluindo o Meu INSS. O Meu INSS deve ser usado pelo segurado para acompanhar o resultado da prova de vida após realizar o procedimento.
Presencial
O modelo convencional de atendimento do INSS é presencial. Aposentados e pensionistas que tiverem a biometria bancária cadastrada poderão usar qualquer caixa eletrônico para fazer a prova de vida, tendo em vista que muitos bancos aceitam qualquer transação realizada como prova de vida.
Já no caso dos beneficiários sem biometria, é possível ir à agência bancária com CPF e documento com foto.
Fonte: O Liberal