O Pará manteve o ritmo de geração de empregos com carteira assinada no mês de julho, alcançando um saldo positivo de 5.951 vagas formais. Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta segunda-feira (29) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, o saldo mensal foi resultado de 35.710 contratações e 29.759 desligamentos.
Entre os setores econômicos, o Serviço foi o que abriu vagas, com 1976 novos trabalhadores. Em seguida, a Construção, com 1.495 postos de trabalho. Depois, a Agropecuária com 1.141; Indústria com 985; e por último, Comércio com 358. Destas, quase 4 mil foram ocupadas por pessoas com apenas o Ensino Médio completo. Além disso, a mão de obra masculina foi a mais valorizada. Foram 4.577 homens contratados contra apenas 1.374 mulheres empregadas.
De janeiro a julho de 2022, mais de 31 mil novos empregos já foram criados no Estado. Para o titular da Secretaria de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda, Inocêncio Gasparim, a chegada do verão amazônico tem possibilitado a realização de mais obras que demandam da construção civil, o que tem gerado cada vez mais emprego e renda no Pará. “Com o fim das fortes chuvas diárias, o Estado e até mesmo empresas privadas têm o tempo perfeito para dar seguimento de mais obras, e para isso, tem sido necessário aumentar o quadro de funcionários”, explica.
“Essa é uma tendência esperada diante da estratégia de geração de empregos no Estado, alimentando esse quadro com obras e programa de qualificação profissional. Só este mês, vamos devolver ao mercado quase 25 mil novos profissionais, prontos para ocupar as próximas vagas”, continua o secretário.
Otimista, Inocêncio diz ainda que os próximos meses devem apresentar um saldo ainda melhor. “Os números dos meses seguintes são mais promissores, pois está chegando o período de maiores oportunidades. Teremos Eleições, Círio, Copa do Mundo e festas de fim de ano. Além da pressa para conclusão de obras antes do início do inverno amazônico. Tudo isso, somada a retomada da nossa economia após um período crítico de pandemia, deve resultar na criação recorde de empregos no Pará”, finaliza.
O jovem Daniel Santos foi contratado em julho por uma empresa do setor de Indústria e Comércio de Ananindeua. Ele diz que fica feliz de fazer parte desse dado positivo no Estado, principalmente após tempos difíceis com pandemia. “Desde 2020 estava difícil conseguir um emprego, mas agora os tempos estão melhores e graças a Deus, estou de volta ao mercado de trabalho. Foram meses de procura, mas finalmente, posso descansar e claro, trabalhar”, conta alegre.
Ranking nacional
Segundo a análise do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), no balanço do ranking nacional, em julho o Pará foi 11º Estado que mais gerou empregos com carteira assinada no Brasil. Na Região Norte, o Estado liderou também a geração de empregos formais no mês de julho, nos sete meses de 2022 e também nos últimos 12 meses).
“É importante observar que os dados do novo Caged levam em consideração apenas os trabalhadores com carteira assinada, ou seja, não inclui as ocupações informais. Com isso, não são comparáveis com os números do desemprego, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), coletados por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). Os números do CAGED são coletados das empresas e abarcam o setor privado com carteira assinada, enquanto que os dados da Pnad são obtidos por meio de pesquisa domiciliar, e abrangem também o setor informal da economia”, pondera o Dieese.
O estudo efetuado do Dieese também analisou a flutuação do emprego formal nos demais Estados da Região Norte. No último mês, todos os Estados apresentaram saldos positivos de empregos formais, com destaque para o Estado do Pará com a geração de 5.951 postos de trabalhos, seguido do Amazonas, com 3.620 postos de trabalhos; Tocantins com 2.527; Rondônia com 1.557; Acre com 1.024; Amapá com 801; e Roraima mais 600 novos empregos.
Fonte: O Liberal