O sarampo voltou a circular no Brasil e três estados estão registrando casos ativos da doença. Pará, São Paulo e Rio de Janeiro acenderam o alerta do Governo Federal. Em entrevista à Agência Brasil, o diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Júlio Croda, falou sobre as providências que estão sendo tomadas para evitar que a doença se espalhe. De junho do ano passado até o dia 10 de maio deste ano, 129 casos foram confirmados somente no Pará.
De acordo com Croda, a Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou na última segunda-feira, 12, que os casos de sarampo triplicaram no mundo todo, em 2019. “São Paulo é essa grande porta de entrada para o país e é natural que lá ocorram mais casos. Mas, o Pará e o Rio de Janeiro também merecem atenção pelo que está ocorrendo”, disse.
As ações de combate a doença na Região Norte e em todo o país devem se intensificar nos próximos meses, mas um calendário desse refoço, por meio de algum tipo de campanha emergencial, ainda não foi divulgado.
Júlio ressaltou ainda que mesmo em situações de surto, a vacinação de rotina está mantida na rede de serviço do SUS, conforme as indicações do Calendário Nacional de Vacinação e que os serviços de vacinação são estimulados a buscar a população não vacinada para a devida atualização. Em São Paulo e em todo o território nacional, o Ministério da Saúde está atuando mais especificamente com a população de 15 a 29 anos de idade e bebês de 6 meses a um ano.
“A gente está recomendando uma dose a mais de vacina, uma dose extra ao calendário vacinal”, informou. O número de casos de sarampo registrados nos seis primeiros meses de 2019, em todo o mundo, é o mais alto desde 2006 e vem aumentando desde 2016, de acordo com a OMS. República Democrática do Congo, Ucrânia e Madagascar são os países que mais registraram casos da doença neste ano.
O relatório da organização destacou ainda a eficácia das vacinas para controlar os surtos de sarampo que nos últimos meses atingiram Angola, Camarões, Chade, Cazaquistão, Nigéria, Filipinas, Sudão do Sul, Sudão e Tailândia. A epidemia de sarampo é um fenômeno global. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostram que, em 2017, a doença foi responsável por 110 mil mortes.
Com informações da Agência Brasil.