Especialista do Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), em Marabá, alerta que, com a chegada do verão Amazônico, aumentam as infecções de ouvido. O problema geralmente é causado por germes e fungos presentes na água do mar, rio, cachoeira e piscinas, por isso é fundamental a prevenção.
Segundo Rafael Costa, fonoaudiólogo que atua no HRSP, nas estações mais quentes, as pessoas ficam mais tempo em contato com a água e, consequentemente, há uma probabilidade elevada de acúmulo de água dentro dos ouvidos, levando a infecções na região, sendo a mais comum a “otite externa”.
“Ela (otite externa) ocorre pela contaminação da pele do conduto auditivo externo, que acaba causando perda auditiva, dor, coceira, inchaço e vermelhidão nos ouvidos, sendo possível também ter mal-estar acompanhado de febre”, explica Rafael.
O profissional também alerta que, caso ocorra a entrada de água nos ouvidos, é preciso agir rápido para evitar que ela fique parada no local, já que o ambiente úmido favorece a infecção.
“Sempre que sentir água nos ouvidos, você deve inclinar lateralmente a cabeça e sacudir de forma leve, para que o líquido possa escorrer. Se mesmo após essa manobra os sintomas se manifestarem, é preciso consultar um especialista”, ressalta o fonoaudiólogo.
O Hospital Regional do Sudeste do Pará, unidade que pertence ao Governo do Pará e é gerenciada pelo Pró-Saúde, presta atendimento 100% gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde).
Confira algumas dicas para proteger o canal auditivo no verão:
• Após nadar ou mergulhar, seque a parte externa do ouvido com a ponta de uma toalha macia. Atenção, nunca seque a parte interna da orelha pois pode ferir o tímpano;
• Utilize protetores de ouvidos, também conhecidos como “tampão”;
• Evite utilizar hastes flexíveis, os “cotonetes”, além do risco de machucar o tímpano,
podem retirar a cera protetora do ouvido;
• Evite águas impróprias para banho, seja água do mar, rio ou piscina. Isso é fundamental para prevenir doenças no aparelho auditivo;
• Se a água não sair do ouvido, ou ao menor sinal de secreção, que pode ser escura ou amarelada, procure ajuda de um especialista.
Fonte: Ascom/HRSP