Foi liberada no início da noite desta sexta-feira (18) o trecho da rodovia Transamazônica, entre Altamira e Anapu, que havia sido bloqueada por índios de quatro etnias na quinta-feira (17).
O grupo, formado por cerca de 80 índios, protestava contra a decisão do governo federal que retirou da Fundação do Índio (Funai) a atribuição de demarcar terras indígenas e também e reclamavam que até o momento não foram preenchidas as vagas do programa Mais Médicos para atender as aldeias.
Nesta sexta (18), houve duas reuniões entre os indígenas, a Funai e a Policia Rodoviária Federal (PRF). Segundo a presidência da Funai, lideranças indígenas do Médio Xingu irão participar de uma reunião em Brasília, no início do mês que vem, para discutir as reivindicações.
Em nota, a Funal informou que “o presidente da fundação, Franklimberg de Freitas, se comprometeu a promover o deslocamento das lideranças indígenas a Brasília-DF, em 07/02/2019, com o objetivo de participarem de reunião com os órgãos citados no documento apresentado pelas lideranças do Médio Xingu”.
No início do ano, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) transferiu para o Ministério da Agricultura a atribuição de identificar, delimitar e demarcar terras indígenas e quilombolas.
Até então, a atribuição sobre as terras indígenas ficava com a Fundação Nacional do Índio (Funai), vinculada ao Ministério da Justiça; e sobre os quilombolas, com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), vinculada à Casa Civil.