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Operação Flamma prende suspeito de desmatar e invadir terras da União em Placas

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Deflagrada nesta terça-feira (10) pela Polícia Federal de Santarém, no oeste do Pará, a Operação Flamma já prendeu uma das três pessoas com prisão preventiva decretada por crimes de desmatamento com uso de fogo e invasão de terras da União, além de receptação de madeira procedente da Terra Indígena Cachoeira Seca.

A operação que ocorre no município de Placas, também apreendeu documentos em cumprimento a 7 mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara da Justiça Federal de Santarém. Cerca de 50 agentes da segurança pública participaram da operação.

Ministério Público Federal, Força Nacional, Exército Brasileiro e Polícia Rodoviária Federal dão apoio à operação que também visa combater diversas ações criminosas na região, como a tentativa de homicídio contra fiscais do Ibama e crimes ambientais em assentamentos federais.

Uma das ações aconteceu em julho, quando pessoas supostamente ligadas ao setor madeireiro tentaram impedir o trabalho de fiscais do Ibama de forma violenta. Na ocasião queimaram pontes de acesso à cidade de Placas/PA, deixando a cidade isolada, e ainda tentaram queimar uma viatura de tal Instituto com dois servidores.

Ao G1 e TV Tapajós o delegado da Polícia Federal, Ricardo Rodrigues, disse na manhã desta terça-feira, que a pessoa presa e os celulares e documentos apreendidos serão encaminhados para a delegacia em Santarém.

Segundo Rodrigues, a PF vai continuar as diligências para localizar as duas outras pessoas que estão com mandado de prisão preventiva em aberto. As investigações continuam para buscar elementos que comprovem que o atentado aos fiscais do Ibama foi de responsabilidade de pessoas que têm alguma ligação com a extração e comércio de madeira ilegal.

“Servidores do Ibama estavam realizando fiscalizações no mês de julho no município de Placas, houve uma manifestação, pontes foram queimadas, os agentes ficaram presos no município e algumas pessoas tentaram atear fogo na viatura que eles estavam. Chegaram a jogar combustível na roupa do servidor e em cima da viatura e só não atearam fogo porque não tiveram a chance, mas foi um momento complicado. Nessa investigação estamos tentando apurar a responsabilidade pelo crime”, disse o delegado.

Sobre a operação

O nome da Operação “Flamma” faz referência ao método utilizado tanto nos desmatamentos detectados quanto na tentativa de homicídio contra os servidores do Ibama, visto que Flamma significa chama em latim.

No primeiro caso houve o efetivo uso de fogo, e no segundo caso, pelo que foi apurado pela polícia, a intenção seria também queimar os servidores e a viatura oficial.

Por Dominique Cavaleiro, G1 Santarém — PA

 

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