Em uma coletiva na manhã desta terça-feira, 9, no auditório da Associação do Consórcio Belo Monte, o diretor da Sespa Altamira, Maurício Nascimento, explicou como será implementado o Plano Emergencial de Saúde e como será a forma de prestação de contas dos R$ 6 milhões de reais liberados ontem, oriundos do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRS Xingu). A reunião também contou com a presença do presidente do Conselho de Saúde de Altamira, Silvano Fortunato, Jefferson Figueiredo, representando o Consórcio dos prefeitos, de técnicos da Sespa e representante do Hospital Regional.
De acordo com diretor da Sespa, Mauricio Nascimento, 30 leitos serão contratados de imediato no Hospital Santo Agostinho para desafogar o Regional da Transamazônica e com isso, abrir mais leitos para pacientes com covid-19.
Os novos leitos na rede privada vão servir como retaguarda clínica, cirúrgica e pediátrica para pacientes não infectados pelo COVID, que estão internados no Regional e que serão transferidos para o Hospital Santo Agostinho. A expectativa segundo Maurício Nascimento, é que esse processo de transferência já inicie nesta próxima sexta-feira.
Dos 6 milhões liberados do (PDRS Xingu), R$ 3.200.000 (três milhões e duzentos mil reais) serão destinados a compras de equipamentos para implementação de novos leitos de UTI no Hospital Regional. Além de compras de equipamentos para o Hospital Geral de Altamira e treinamento para os profissionais de que irão operar os equipamentos.
Para possibilitar maior controle e fiscalização dos gastos, a Sespa Altamira já criou uma conta corrente exclusiva para recebimento e movimentação dos recursos do Plano de Desenvolvimento Regional Sustentável do Xingu (PDRSX), e também será publicado em página na internet todos os atos do cronograma de execução do plano, procedimentos de compras e a prestação de contas da utilização dos recursos.
Esses recursos para o enfretamento à covid-19, são frutos de um aporte de R$ 500 milhões que foi destinado a região como forma de compensação pelos impactos das obras de Belo Monte. O plano ainda tem cerca de R$ 215 milhões em caixa, mas o governo federal suspendeu os repasses em 2019, após ter desconstituído o comitê gestor.
A liberação desses recursos de forma emergencial se deu devido a uma ação ajuizada entre os ministérios públicos Estadual e Federal, juntamente com a Defensoria Pública da União, que foi acatada pela Justiça Federal que no dia 26 de maio, determinou que fossem liberados os recursos.
Já o plano de contingência hospitalar da região Xingu foi elaborado pela direção da Sespa Altamira com a interlocução da Associação do Consórcio Belo Monte junto aos governos Estadual e Federal, para que os recursos fossem liberados.
Por: Wilson Soares – A Voz do Xingu
Foto: Wilson Soares
