A última turbina da Usina Hidrelétrica Belo Monte, em Vitória do Xingu, será inaugurada nesta quarta-feira, 27. Com ela, a maior hidrelétrica 100% brasileira atinge toda a capacidade de operação. Para a solenidade de inauguração está prevista a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro, e de outras autoridades como o ministro de minas e energia, Bento Albuquerque; além de parlamentares do Pará e nomes do executivo estadual.
Promovida pela Norte Energia, empresa responsável pela construção de Belo Monte, a solenidade será marcada pelo acionamento da 18ª unidade geradora da casa de força principal da usina, além de outras seis turbinas menores de barragem complementar, que asseguram 11.233,1 MW de capacidade instalada à usina de Belo Monte para retirar energia das águas do rio Xingu.
Belo Monte “atravessou” quatro presidentes desde seu leilão, há 9 anos. A usina foi leiloada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, iniciada por Dilma Rousseff, acompanhada por Michel Temer e terá a fita cortada por Jair Bolsonaro.
O ato marca também a conclusão de uma das obras mais caras da história do Brasil, com valor aproximado de R$ 40 bilhões, a custos atuais.
Desigualdades – A usina, que confirmou-se como a maior hidrelétrica 100% brasileira, não conseguiu mudar a realidade do município que a recebeu. Altamira, que viu parte de seu território ser inundada por um lago de 478 quilômetros quadrados, também viu inchar a demanda por seus serviços públicos de saúde, educação e segurança, estrangulados pelo crescimento de uma população que saltou de cerca de 100 mil habitantes em 2010 para aproximadamente 150 mil, atualmente.
Em agosto deste ano a cidade foi palco de um massacre que deixou 58 mortos dentro de seu presídio, foi considerada a segunda cidade mais violenta do País em 2017, só atrás de Maracanaú, na região metropolitana de Fortaleza, no Ceará. Não foi uma catástrofe isolada. Em 2015, Altamira já havia figurado como a primeira no ranking das cidades mais violentas.
Este mês de novembro a Eletronorte inaugurou, como uma das compensações devidas, uma unidade prisional em Vitória do Xingu, com capacidade para mais de 600 vagas.
Fonte: Terra