Já estão em liberdade os seis acusados de participação do triplo homicídio da família Buchinger, no ano de 2016, em Altamira, sudoeste do Pará. Os acusados deixaram Centro de Recuperação Regional de Altamira na tarde de terça-feira (19), após terem sido beneficiados por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu um habeas corpus aos presos. Os seis acusados, incluindo Henrique Buchinger, filho do casal assassinado e que seria o mandante do crime, irão responder ao processo em liberdade.
Os seis acusados estavam presos há cerca de dois anos e meio e deverão comparecer regularmente a justiça. De acordo com o advogado de um dos acusados, os réus não estão proibidos de saírem do município de Altamira.
“Eles podem viajar para outros municípios, agora eles tem que atender o chamamento da justiça quando houver intimação e se for viajar para outro município ou outro estado deverá ser comunicado previamente para o juiz da segunda vara criminal de Altamira”, explica o advogado de um dos acusados, Ronaldo Marinho.
Ao todo, sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público por participação na morte do pai, mãe e filho da família Buchinger. Eles foram mortos por asfixia em janeiro de 2016 na casa onde moravam. Henrique Buchinger Alves é apontado como o mandante do crime. O procurador geral de Justiça do Pará entrou com um recurso no STF alegando que a liberação dos acusados pode trazer prejuízos ao processo.
Entendo o caso
O casal de empresários e o filho mais velho foram assassinados, no dia 7 de janeiro de 2016, após terem a casa invadida por assaltantes. Os outros dois filhos Henrique Kiara Buchinger foram algemados e trancados no banheiro, mas conseguiram escapar e pediram ajuda. O casal tinha uma boutique de roupas que funcionava no mesmo endereço da residência.
Na época do crime, a principal linha de investigação era que a morte dos empresários teria sido por asfixia. Em 20 de janeiro, a Polícia Civil confirmou a participação de Henrique Buchinger Alves, filho do casal Luís Alves Pereira e Irma Buchinger Alves . A brutalidade dos assassinatos gerou grande comoção em Altamira.
