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Padre Amaro é liberado de presídio em Altamira após decisão do STJ

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O padre José Amaro Lopes de Sousa, preso em março deste ano em Anapu, no sudeste do Pará, foi liberado na tarde desta sexta-feira (29). A decisão veio por unanimidade dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O religioso é investigado por envolvimento nos crimes de associação criminosa, ameaça, extorsão, constrangimento ilegal e lavagem de dinheiro.

A liminar expedida pelos ministros também determina que padre Amaro deverá cumprir algumas medidas cautelares, como não sair de casa a noite e nem ter contato com pessoas relacionadas a conflitos agrários. O padre também não pode participar de reuniões públicas.

Padre Amado era considerado braço direito da missionária Dorothy Stang, assassinada em 2005, em Anapu, sudoeste do estado. Ele deu continuidade ao trabalho da religiosa defendendo os direitos humanos, assentamento de sem-terra e as reformas fundiária e agrária na região.

Ao ser preso, o padre foi levado para o mesmo presídio do mandante do assassinato de Dorothy Stang, fazendeiro Regivaldo Pereira Galvão, conhecido como “Taradão”. Galvão foi preso em setembro de 2017, 12 anos após o crime.

Em março deste ano, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) no Pará divulgou uma nota afirmando que a prisão preventiva da liderança rural Padre Amaro “é uma medida que busca satisfazer aos interesses dos latifundiários” da região do sudoeste do estado. A nota alegava que a decisão não teria se baseado em fatos concretos, mas em depoimentos de fazendeiros e de outras pessoas contrárias ao trabalho do padre.

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