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Aparelho é instalado no HRPT para potencializar o diagnóstico da morte encefálica e favorecer transplantes

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Desde o mês de junho, a cada paciente que se apresenta com morte encefálica – perda completa e irreversível das funções do cérebro – no Hospital Regional Público da Transamazônica (HRPT), em Altamira, no sudoeste do Pará, uma notificação é enviada à Central Estadual de Transplante e à Organização à Procura de Órgãos (OPO) Tapajós, em Santarém.

Esta notificação é realizada após o fechamento do diagnóstico e a abertura de um protocolo de morte encefálica, o que atende ao Decreto Federal 9175/2017 que fala da obrigatoriedade da notificação da morte encefálica à central de transplantes; e à Resolução 2173/2017 do Conselho Federal de Medicina que discorre sobre a obrigatoriedade do diagnóstico de morte encefálica em todos os pacientes que preencham os critérios, independente da doação ou não.

Este processo vem sendo realizado por meio do exame eletroencefalograma que monitora a atividade elétrica do cérebro. Mas o Hospital Regional de Altamira recebeu, no último dia 16, um aparelho para exame Doppler Transcraniano, que permite uma avaliação rápida, segura e não invasiva das atividades cerebrais do usuário. O novo equipamento agilizará os diagnósticos de morte encefálica.

“O objetivo da chegada do aparelho é facilitar o diagnóstico da morte encefálica. O outro exame de escolha para fechar o diagnóstico do protocolo preconizado pelo Ministério da Saúde para ME é o uso do eletroencefalograma, que demandava um tempo mais longo de realização. O Doppler vai agilizar o processo e vai nos ajudar a fechar este diagnóstico mais rapidamente. Nós vamos passar por uma fase de implementação do aparelho, ele será ajustado, testado. Após um breve treinamento, em torno de 30 dias acredito que já estaremos utilizando o aparelho nos diagnósticos”, explica o cirurgião vascular e diretor técnico da unidade, Mario Franco Netto, que será o responsável por manusear o equipamento.

O Doppler foi entregue ao hospital pela coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Ierece Miranda, e pelo enfermeiro da OPO Tapajós, Rodrigo Gastaldi, que, além do equipamento, realizaram uma capacitação com os colaboradores que formam a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT) do HRPT, que é gerenciado pela Pró-Saúde Associação Beneficente de Assistência Social e Hospitalar por meio de contrato com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Para a coordenadora, o treinamento com os colaboradores e a entrega do Doppler servirão para desenvolver ainda mais o potencial da unidade, visando uma captação futura. “A Central de Transplante inicia um projeto de implantação de CIHDOTTS em cerca de oito hospitais em Belém e na região oeste do Pará, onde há logística de transporte. Por isso, viemos realizar esta capacitação e equipar o hospital. Nosso objetivo é implantar a CIHDOTT e, de acordo com um estudo, promovermos mais lá na frente captações de órgãos com uma equipe do HRPT e, quem sabe no futuro, pensarmos na realização de transplantes aqui”, explica Ierece.

A CIHDOTT de Altamira responde à OPO Tapajós e será formalizada junto à Central de Transplantes e ao Ministério da Saúde. Este primeiro treinamento com a equipe foi trabalhada principalmente a abordagem da família em casos de morte encefálica.  “Esse treinamento foi basicamente para que a gente saiba lidar com o luto, com a perda desses familiares. Foi um curso que visou a abordagem dos parentes, como dar essa notícia difícil, as possíveis situações de enfrentamento que vamos nos deparar e como sair delas. A capacitação é super importante para que essa abordagem aconteça de maneira certa futuramente, quando já tivermos uma equipe de captação preparada para que a gente possa, em breve, efetivar o nosso primeiro doador”, conclui o médico nefrologista e presidente da CIHDOTT, Leonardo Rodrigues.

Sobre a Pró-Saúde

A Pró-Saúde é uma das maiores entidades de gestão de serviços de saúde e administração hospitalar do País. Fundada em 1967, como Associação Monlevade de Serviços Sociais, em João Monlevade (MG), a Pró-Saúde é uma entidade sem fins lucrativos. Tem sob sua responsabilidade 2.068 leitos e o trabalho de cerca de 16 mil profissionais, sendo 2,9 mil médicos, além de reunir um dos maiores quadros de administradores hospitalares do Brasil, contribuindo para a humanização do atendimento hospitalar, em especial do Sistema Único de Saúde (SUS).

Com excelência técnica e credibilidade nacional, é uma entidade filantrópica qualificada como Organização Social de Saúde (OSS) e oferece uma gama de serviços em benefício da vida. A atuação na área de administração hospitalar tornou a entidade amplamente reconhecida no setor, permitindo que a Pró-Saúde ofereça a mesma qualidade em assessoria e consultoria, planejamento estratégico, capacitação profissional, diagnósticos hospitalares e de saúde pública, gestão de serviços de ensino e muitos outros. A entidade faz a gestão de quatro Centros de Educação Infantil, em São Paulo, cidade em que também fica localizada a sua Sede Administrativa.

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