O isolamento social fez com que as pessoas navegassem na internet por mais tempo e isso pode ser uma armadilha para diversos crimes cibernéticos caso alguns cuidados não sejam tomados, alerta a Polícia Civil do Pará.
Esses crimes se tornaram mais comuns no estado e variam desde invasão de e-mails e redes sociais ao roubo de contas bancárias e outras informações pessoais.
“Atualmente, são muitas as plataformas que as pessoas usam para se comunicar e manter relacionamentos, principalmente durante a pandemia. Criminosos se aproveitam disso para buscar essas informações e, dependendo do alcance daquele usuário, para aplicar golpes de vantagem econômica ou para prejudicar a imagem de alguém”, explica a delegada Vanessa Lee, titular da Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC).
A delegada alerta para cuidados na hora de atualizar dados pessoais e senhas, por exemplo.
“É nesse momento que o criminoso age e ‘sequestra’ a conta. As pessoas nunca leem, mas nos contratos de uso dessas plataformas é informado que tipo de informação aquela rede pega de você, bem como em quase todas é possível ativar a autenticação de dois fatores, que é quando sua senha é solicitada com alguma frequência para que você continue naquela rede, a exemplo do Instagram ou do próprio WhatsApp”, explica a delegada.
É importante saber que todo tipo de aplicação, incluindo brincadeiras “como seria minha aparência se eu fosse do sexo oposto”, recolhe algum tipo de informação. “Vale a pena priorizar somente instalar aquilo que está nas lojas dos dispositivos (app stores), porque há uma maior segurança. E sempre refletir antes: eu realmente preciso ter esse aplicativo instalado?”, orienta Vanessa Lee.
A DECCC fica sediada em Belém, no bairro de Nazaré, dentro da estrutura da Delegacia-Geral. Segundo a Polícia Civil, a criação da mesma tem uma importância fundamental devido o alto número de crimes ocorridos no ambiente virtual, seja contra a honra ou o patrimônio, em que pessoas são iludidas com links maliciosos e cadastros para conseguir os dados, que podem ser usados para praticar golpes e disseminar fake news.
Fonte: G1 Pará