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Sete detentos morrem durante rebelião no presídio de Altamira

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Um grupo de 120 detentos fez um motim na última terça-feira (18/09) na penitenciária de Altamira, no sudoeste do Pará. De acordo com a Superintendência do Sistema Penitenciário (Susipe), o motim começou depois de uma tentativa de fuga.

Era por volta de 4h20 quando um grupo de 16 presos, do bloco A, tentou fugir pela janela de ventilação do presídio. Após a ação ser frustrada, os envolvidos atearam fogo em objetos no bloco do semiaberto. O fogo só foi controlado pelo Corpo de Bombeiros quando o dia amanheceu.

Durante a rebelião, sete detentos morreram. Seis deles foram mortos por outros presos e um morreu carbonizado. Outros três detentos ficaram feridos e foram levados à Unidade de Pronto Atendimento. Ainda durante a terça-feira, a Superintendência Regional do Xingu – 22ª Seccional Urbana de Altamira divulgou os nomes dos internos mortos durante a rebelião, que são: Fábio Ferreira Nogueira, Natalino de Mota Azevedo, Jorge Marcos de Souza Ribeiro, Thauan Lacerda Costa, Elielson Vieira de Souza (conhecido como Tadeu), Josiel da Conceição Souza e Antônio Carlos R. dos Santos.

Elielson Souza, mais conhecido como Tadeu, era réu confesso de um crime macabro que aconteceu em janeiro deste ano. Ele assassinou Kelen Gabrielly e o filho dela que tinha cerca de 20 dias de nascido. O menino era filho de Tadeu. A Jovem e a criança foram atraídas por Tadeu para a sua residência, que fica a 20km de Vitória do Xingu, em uma ilha na localidade do Jacuípe, onde foram assassinados. Os corpos da mulher e da criança só foram encontrados três dias depois do crime, enrolados em uma lona plástica e enterrados nas proximidades da casa onde ele morava.

Já Antônio Carlos R. dos Santos, que também foi assassinado pelos internos, havia sido preso há cerca de 50 dias. Contra ele pesava a acusação feita pelo Conselho Tutelar de ter abusado de várias adolescentes com idades entre 11 a 15 anos, que frequentavam a igreja em que ele atuava como pastor, na cidade de Senador José Porfírio, na região do baixo Xingu.

NOTA DA SUSIPE À IMPRENSA

A Superintendência do Sistema Penitenciário do Estado (Susipe) informa que o motim no Centro de Recuperação Regional de Altamira (CRRALT) já foi controlado. Cerca de 120 detentos custodiados no CRRALT se amotinaram, na madrugada da terça-feira (18/9), após uma tentativa de fuga frustrada da unidade prisional. Por volta da 01h30 da madrugada, um grupo de 16 presos da cela 3, do bloco A, tentou fugir pela janela de ventilação do local. Os agentes prisionais de plantão flagraram a movimentação pelas câmeras de segurança e acionaram a PM que interceptou a fuga.

Os detentos correram então em direção ao bloco do semiaberto e atearam fogo na sala do gerador de energia e no galpão de alojamento. No motim, parte das celas e grades da unidade prisional, além da enfermaria e secretaria foram depredadas. O incêndio foi controlado pelo Corpo de Bombeiros já por volta das 04h da manhã. O motim terminou às 09h40 da manhã, quando os presos se entregaram, após negociação.

Os detentos reivindicaram celeridade na análise dos processos penais pela Justiça. Uma recontagem e revista foi realizada, com a apoio de policiais do Comando de Operações Especiais (COE) da PM que se deslocaram de Belém até Altamira. A Susipe, não confirma nenhuma fuga de presos. De acordo com a Diretoria de Administração Penitenciária da Susipe, seis detentos foram mortos por outros presos e um morreu carbonizado.

Os corpos foram encaminhados para identificação no Instituto Médico Legal (IML). A Susipe informa ainda que outros três detentos tiveram ferimentos e foram levados para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município. Atualmente, o CRRALT custodia 374 presos. A capacidade é para 208. Um inquérito policial será aberto para investigar o caso.

Por: Wilson Soares com informações da Assessoria de Comunicação da Susipe.

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