O investigador da Polícia Civil, Luiz Dias do Lago Filho, conhecido como LUIZINHO, foi preso na manhã desta quarta-feira, 18/11, depois de descumprir uma medida cautelar da Justiça Federal que proibia que ele deixasse o município de Altamira, no sudoeste do Pará.
Em 31 de outubro de 2018, o investigador foi alvo da Operação Alcatrão, da Polícia Federal, que o levou à prisão por concussão e envolvimento em contrabando de cigarros. Depois de 5 meses preso, a Justiça Federal concedeu a liberdade provisória, porém impôs medidas cautelares como: fiança, comparecimento mensal ao juízo, proibição de manter contato com outros investigados; proibição de ausentar-se do município de Altamira sem prévia autorização judicial; e obrigatoriedade de realizar expediente interno administrativo ao retornar para a função pública.
No período eleitoral, Luizinho acabou descumprindo essa medida e se ausentou de Altamira sem autorização Judicial. Ele se deslocou até Vitória do Xingu, distante 46 km de Altamira, com o objetivo de realizar a segurança pessoal do candidato a prefeito Márcio do Povo, contrariando também a proibição de realizar trabalhos policiais.
Além disso, o investigador também trabalhou na campanha do candidato, o que é incompatível com a atividade policial, que é uma atividade exclusiva, conforme legislação própria dos servidores policiais. Ele foi flagrado em 08 de novembro de 2020, juntamente com policiais militares, entregando cestas básicas. Na ocasião, o grupo armado reagiu mal à filmagem dos cidadãos e os agrediram, chegando até a sacarem a arma de fogo como forma de intimidação.
Com o descumprimento da decisão da Justiça Federal foi expedida nova prisão preventiva, cumprida nesta quarta-feira. Policiais civis colaboraram no cumprimento, se deslocando com policiais federais até a casa do investigador. Os Policiais Civis realizaram os procedimentos de abordagem e recolhimento da arma e documento funcional. A polícia civil vai se manifestar sobre o caso, mas está comprometida no combate ao crime e no compromisso de afastar maus servidores de seus quadros.
O investigador de polícia civil também foi afastado das suas funções com base em outra determinação judicial recente, sendo esta da Justiça Estadual e cumprida pela própria Polícia Civil.
A Voz do Xingu com informações da Ascom da PF/Altamira