O terreno de Colares, no nordeste do Pará, onde dezenas de moedas datadas de 1819 foram encontradas, tem sido alvo de criminosos após a divulgação do valor estimado dos itens. Nesse domingo (24), a dona do sítio teve seu celular roubado após avistar dois homens cavando o local. A idosa também teria sofrido agressão física. A Polícia ainda não identificou os envolvidos.
“A Policia Civil, por meio da delegacia de Colares, informa que foi comunicada sobre o roubo de um aparelho celular ocorrido no sítio onde, há uma semana, foram encontradas moedas do século 18. A vítima foi a dona da propriedade que, ao avistar dois homens cavando buracos no local, chamou atenção dos indivíduos verbalmente. Os homens correram para uma área de mata. A Polícia Civil continua fazendo diligências para prender os envolvidos. Um inquérito policial foi aberto para apurar o caso”, disse a polícia em nota.
O caso ganhou repercussão nacional depois que um anúncio foi publicado em uma plataforma de compra e venda, comercializando as raridades a R$ 160, podendo ser parceladas em até 12 vezes. O valor real previsto é de R$ 15 mil, segundo o historiador Franck Coutinho. A Prefeitura de Colares tomou conhecimento da descoberta depois de ser informada por populares que um homem, com uso de detector de metal, se passou por professor de história para entrar no terreno. Ele estaria acompanhado de outras pessoas e teria levado do local dezenas de moedas antigas.
O suposto professor e seus ajudantes ainda não foram identificados, embora haja a suspeita de serem de outra cidade. A prefeitura isolou o terreno.
O secretário de Cultura de Colares, Fabiano Silva, acredita na possibilidade de que existam mais moedas no terreno. A área está localizada próximo de onde existia um dos portos do Grão-Pará, província que até 1889 abrangia os territórios hoje denominados de Amazonas, Amapá, Roraima e parte de Rondônia.
“Isolamos o terreno para resguardar o espaço para estudos. Ainda não identificamos essas pessoas que participaram da ‘caça ao tesouro’, mas tomamos as providências para que em no futuro a gente possa criar um museu no município”, disse Fabiano.
A Prefeitura de Abaetetuba ainda não se pronunciou sobre a nova tentativa de invasão.
Fonte: O Liberal