Em alusão à campanha nacional Outubro Rosa, que incentiva a prevenção ao câncer de mama, o Hospital Regional do Sudeste do Pará Dr. Geraldo Veloso (HRSP), localizado em Marabá, na região sudeste, vem orientando funcionários, usuários e seus acompanhantes sobre a importância de hábitos saudáveis para prevenir o câncer de mama.
A ginecologista Regiane Santos conversou com os profissionais da unidade a fim de sensibilizá-los sobre os principais fatores de risco, como maus hábitos alimentares, sedentarismo e obesidade. As mesmas orientações foram repassadas aos usuários ambulatoriais e seus acompanhantes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) Neonatal e Pediátrica.
A ação é realizada pelas comissões de Humanização, Aleitamento Materno e de Controle de Infecção Hospitalar, com o apoio da Secretaria Municipal de Saúde e do Grupo Esperança, criado para apoiar pacientes com câncer e seus familiares.
De acordo com Regiane Santos, a doença atinge uma a cada oito mulheres, sendo o segundo tumor mais comum entre o público feminino. Quando diagnosticado precocemente, tem 95% de chance de cura. “A prevenção é a resposta para a vida. Já foi comprovado que o sedentarismo é um dos principais fatores de risco. Por isso, a importância de praticar atividade física. A alimentação saudável é outra verdade incontestável. Você comendo à base de verdura, vegetal e gordura saudável evita a doença. Por outro lado, o consumo de carne vermelha, gordura saturada e de origem animal aumenta o risco, porque eleva a quantidade de estrogênio circulante e radicais livres, que são um prato cheio para qualquer tipo de câncer, não só o de mama”, explicou a ginecologista.
Os participantes esclareceram dúvidas sobre o exame de mamografia, a relação entre puberdade precoce e a doença, a ingestão de álcool como fator de risco e como a amamentação reduz as chances de ter câncer de mama. A médica também ressaltou que o problema não está restrito ao universo feminino. Por terem tecido mamário, onde se origina a neoplasia, homens também podem ter câncer de mama.
Ana Carolina Chaves, coordenadora do Serviço de Atendimento ao Usuário (SAU), contou que já houve três casos da doença em sua família, e um deles foi com um tio. “Começou com uma inflamação debaixo da axila, acompanhada de dor e febre. Quando ele procurou saber, foi diagnosticado com câncer. Passou pela quimioterapia e hoje está bem. Mas tinha todas as características de risco que a médica comentou na palestra: obeso, fumante, sedentário e estressado. Para as mulheres da família, a situação foi um alerta”, disse.
O Hospital Regional do Sudeste do Pará, que neste mês também ilumina a fachada com a cor da campanha, é referência em atendimento de média e alta complexidade para mais de 1 milhão de pessoas, oriundas de 22 municípios. Possui perfil cirúrgico e é habilitado pelo Ministério da Saúde em Traumato-ortopedia.
Transamazônica – Ações de conscientização e sensibilização visando à prevenção do câncer de mama também foram realizadas para funcionários, pacientes e acompanhantes do Hospital Regional da Transamazônica (HRPT), no município de Altamira (oeste do Pará). A atividade foi promovida pelo Grupo de Trabalho de Humanização da unidade e contou com a parceria do Núcleo de Estudo de Pesquisa, Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) e setor ambulatorial.
Uma equipe multidisciplinar – com profissionais de psicologia, terapia ocupacional e fisioterapia -, promoveu uma ação educativa na recepção ambulatorial na terça-feira (23) para o público externo, que aguardava consultas.
A terapeuta ocupacional do HRPT, Rafaela Rizzi, reforçu a importância do diagnóstico precoce para a cura de 95% dos casos. “A gente elaborou uma programação para enfatizar a prevenção. Abordamos sobre como diagnosticar precocemente, os fatores de risco, hábitos e alimentação saudáveis e o autoconhecimento da mulher sobre a mama, para que assim, possa identificar alguma anormalidade e imediatamente procurar um posto de saúde para o tratamento efetivo”, reiterou.
Durante todo o mês de outubro, as funcionárias do HRPT com perfil do grupo de risco para câncer de mama têm a oportunidade de fazer a mamografia, após a triagem realizada pelo Núcleo de Estudo de Pesquisa, Segurança e Medicina do Trabalho.