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Fazendeiro sofre emboscada e é morto na porteira de uma de suas fazendas em Rondon do Pará

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Na manhã deste domingo, 13, o fazendeiro e empresário Marcus Nogueira Dias, mais conhecido como “Marcão do Boi”, um dos homens mais ricos do município de Rondon do Pará, foi executado a tiros por pistoleiros, na porteira de uma de suas fazendas, localizada na zona rural do município de Abel Figueiredo, sudeste paraaense.

De acordo com as primeiras informações colhidas na cena do crime, o fazendeiro se deslocava da sede de Abel Figueiredo para a fazenda São Marcos e ao descer de seu carro, para abrir a porteira, foi alvejado com diversos disparos de arma de fogo e morreu na hora.

Na véspera do crime, Marcão do Boi compartilhou em sua rede social uma cobrança direcionada a vários pecuaristas de Rondon do Pará e região, a quem ele chamou de ladrões.

Na postagem, ele diz : “Me respeita Delsão, Zé Miranda Cruz, família do finado João do Correntão, Valério Pimenta, Marco Uliana, Toninho do Carvão, Leozão Sobrinho ladrão, Rozivaldo ladrão, Carlinho Açai e o filho Otoniel vulgo fodão, tudo ladrão, finado Valmir Deitado ladrão, se eu for botar chocalho em quem me roubou, vou ter problema de sonorização kkk. Mas tô vivo e com honra e pagando em dia, graças a Deus”.

Segundo informações, o fazendeiro emprestava dinheiro a juros e tinha uma coleção de devedores de quem tentava receber altas somas emprestadas.

Em 2009, Marcão do Boi e um filho tiveram seus nomes envolvidos na morte de um líder rural. Naquele ano, um grupo de pessoas ligadas ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) invadiu a fazenda Pau Terra, em Rondon do Pará, a qual pertence a Marcão, ocasião em que o líder Saturnino Pereira Silva foi morto a tiros, gerando uma série de tensões na luta pela posse da terra na região.

À época, José Dias Costa Neto, o “Zezinho”, filho do fazendeiro, e Marcão do Boi foram acusados pelo Ministério Público do Estado do Pará de serem os mandantes do assassinato do trabalhador rural. No entanto, os dois respondiam ao processo em liberdade. Marcão também apareceu por duas vezes na lista do Ministério do Trabalho por submeter trabalhadores a regime de escravidão.

O Departamento de Homicídios da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil investiga o crime.

Um dos pecuaristas chamados de ladrão por Marcão do Boi em sua postagem, conhecido por Delsão, é Délcio José Barroso Nunes, que já foi condenado a 12 anos de prisão por mandar matar o sindicalista José Dutra da Costa, o “Dezinho”, em 2000.

Com informações do Ver-o-Fato

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