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Retomada de aulas presenciais gera polêmica

Trabalhadores da educação consideram melhor retorno em setembro

Foto: Divulgação
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O governador do Estado, Helder Barbalho, utilizou-se das redes sociais nesta segunda-feira (19) para antecipar que ainda nesta semana o Governo do Estado divulgará os procedimentos para o retorno das aulas presenciais nas escolas da rede estadual pública do Pará em agosto. “Pessoal, na próxima sexta-feira (23), vamos anunciar o plano de retorno às aulas no mês de agosto”, destacou o governador. A gestão estadual trabalha com a possibilidade — já, inclusive, anunciada pelo próprio governador – de que as aulas presenciais sejam retomadas na escolas estaduais possivelmente em 2 de agosto, ficarem suspensas desde o começo da pandemia da covid-19 em março de 2020.

Ocorre que na avaliação dos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadores em Educação Pública do Estado do Pará (Sintepp PA),  a melhor estratégia é retorno das aulas em setembro. “Não somos contra o retorno das aulas presenciais, mas que ele possa ocorrer somente depois da imunização dos profissionais com a segunda dose da vacina. A grande maioria deles vai receber essa segunda dose no final de agosto, e, então, em setembro estará tudo certo para as aulas”, afirma Sílvia Letícia da Luz, coordenadora geral do Sintepp Belém e integrante da coordenação estadual do Sintepp Pará.

No final de junho, como pontua Sívia Letícia, o Ministério Público do Pará (MPPA) chegou a se reunir com o Sintepp PA, Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Conselho Estadual de Educação (CEE), a Procuradoria Geral do Estado e as secretarias de Saúde do Pará (Sespa) e de Belém (Sesma). No encontro, foi abordado o retorno das aulas presenciais, e, como destaca a dirigente do Sintepp, a Seduc apresentou um plano de retorno.

Assembleia

A posição externada pelo Sintepp PA é a de que o retorno deve se dar de forma escalonada, gradual, após a imunização completa dos profissionais de Educação, como professores, coordenadores pedagógicos e servidores em geral. O sindicato também condiciona o retorno às aulas presenciais a um perfil epidemiológico favorável, sem elevação de casos e óbitos provocados pelo novo coronavírus; e às condições sanitárias das escolas, incluindo o acesso a álcool em gel, uso de máscaras e distanciamento social, além da estrutura das unidades escolares condizentes ao atendimento do público de estudantes e servidores.

No dia 6 de agosto, o Sintepp PA realizará assembleia geral dos profissionais de Educação. Nesse encontro, eles vão tirar posicionamento sobre o retorno presencial, o que poderá, inclusive, prosperar para uma manifestação da categoria dependendo das negociações entre as partes.

Cuidados

Para o infectologista Alessandre Guimarães, da Sociedade Paraense de Infectologia (SPI), “no que tange a volta às aulas no mês de agosto podemos considerar estarmos diante de um momento “de testagem”, com uma sociedade embora sofrida, mas amadurecida e sabedora de seus deveres, capaz portanto de experimentar paulatinamente uma retomada da educação presencial como um todo”.

Nesse processo, não se deve esquecer do básico da prevenção à doença. “Adoece menos quem higieniza as mãos sempre que necessário, toma cuidado ao compartilhar pertences pessoais (melhor é individualizar o máximo possível), ter cautela com uso de bebedouros coletivos (manter higiene dos mesmos) sendo preferencial o “não uso” (de bebedouros) e, sim, adoção de copos descartáveis ou individuais”.

“Não se pode permitir salas de aula com estudantes aglomerados, em carteiras escolares geminadas ou muito próximas umas das outras. Ainda se requer certo distanciamento, sendo ideal o mínimo de um metro entre um aluno e outro. Ideal que haja dispensadores de álcool em gel em locais de fácil acesso, e/ou se aconselhe que cada aluno possa dispor de um método rápido para higiene das mãos, sempre que for necessário”, considera o infectologista.

É importante identificar e adotar a quarentena perante qualquer “caso suspeito”, e essa medida ajudará, inclusive, no controle da expansão dos casos de gripe, outra doença que tem comportamento endêmico entre os brasileiros, todos os anos, como ressalta Alessandre Guimarães. Filas e rodas de conversa devem ser evitadas, sem o uso de máscaras, as quais necessitam ser bem cuidadas. “Sou a favor de um retorno gradual, com ajustamento de condutas que podem começar com turmas de alunos com faixa etária da maior, à menor. É bom que os educadores estejam “treinados” sobre que condutas adotar (como proceder) perante a identificação de algum aluno considerado como caso suspeito de covid-19”, conclui o infectologista.

Fonte: O Liberal

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