63% das empresas brasileiras que permitiram seus colaboradores trabalharem de qualquer lugar, seja remotamente ou no local apresentaram alto crescimento de receita. Enquanto que 69% das organizações que ainda estão focadas no trabalho presencial apresentaram arrefecimento ou não obtiveram nenhum crescimento positivo nos seus rendimentos, é o que aponta um estudo realizado pela Accenture.
40% dos questionados afirmaram que a sua produtividade e saúde não caem independentemente do local que estejam trabalhando. A geração Z costuma ser a mais arredia a esse tipo de sistema operacional, 74% afirmaram que querem mais oportunidade de colaborar com os colegas frente a frente. Já para a geração X esse percentual foi de 66, enquanto que para baby boomers, 68%.
Um estudo elaborado pela McKinsey e Company com intuito de saber qual a preferência entre funcionários e patrões aponta que entre os empregadores, antes da pandemia, 92% preferiam que o trabalho acontecesse de forma presencial. Apenas 8% optava pelo modelo híbrido, sendo que o remoto sequer era especulado. Com a chegada da pandemia, os números diminuíram, apenas, mas a preferência dos empresários permaneceu a mesma. 52% deles preferem que os funcionários trabalhem dentro das dependências da empresa, 36% no formato híbrido, e 12% relataram que aceitam o home office por parte dos funcionários.
Muitos trabalhadores também preferiam se deslocar até os seus pontos de emprego do que realizar as suas atividades de forma virtual, esses eram 62% antes da covid-19, agora esse número caiu para 37%. Entre os que concordavam em se dividir entre o presencial e home office, no período pré-pandemia, 30% gostavam desta ideia e 52% já buscavam dialogar com os patrões para ficar uns dias trabalhando de casa. O trabalho remoto era o sistema preferido de apenas 8% dos pesquisados, agora a ideia é agradável para 11% dos mesmos.
O sistema de home office antes do novo coronavírus transformar a vida em sociedade era quase impensável de ser estabelecido, porém a realidade vivenciada mostrou que este pode ser uma das formas de se trabalhar e ainda otimizar tempo, custos, espaço, entre tantos outros benefícios que trabalhar de casa pode trazer para os empresários e trabalhadores que conseguem atuar desta forma.
Para alguns tipos de serviços esse modelo não tem como ser implantado, geralmente para o setor de alimentos, mas para aqueles que trabalham em escritórios, por exemplo, o home office já alcança resultados mais satisfatórios para os donos do que quando os trabalhadores precisavam bater ponto. Paul Marcel é dono de uma agência em Belém e optou por revezar os dias de serviços entre seus colaboradores. “Às segundas-feiras temos um encontro fixo, com todos os membros, onde a gente tem um alinhamento estratégico, faz o acompanhamento de todos os clientes, e promove a manutenção da empresa para não ficar todo mundo isolado nas suas casas. Deixamos o escritório disponível para quem quisesse ir de forma presencial, se alguém sentir que não produz tão bem de casa”, relata.
Fonte: O Liberal