Enquanto a vacinação contra o novo coronavírus avança, a população não deve afrouxar os cuidados contra outra doença viral: a influenza. O Pará ainda tem registros de casos, mesmo que a incidência tenha diminuído com o distanciamento social, higienização de mãos, uso de máscaras e etiqueta da tosse.
Os casos graves de H1N1 também são preocupantes e identificáveis em análises dos exames laboratoriais. “Pessoas com baixa imunidade, gestantes, crianças, idosos são os públicos mais vulneráveis. Precisamos estimular para que esse usuário possa procurar as unidades de saúde para receber a sua dose. As pessoas estão muito preocupadas com a Covid e esquecem que a influenza também pode levar a casos graves e a óbito”, reforça Daniele Nunes, diretora do Departamento de Epidemiologia da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).
A campanha de vacinação foi prorrogada e as doses precisam ser aplicadas até o dia 15 de setembro para garantir a proteção contra a variante que circula no país. “O Estado envia as doses aos municípios, segundo nossos dados todos estão abastecidos e é só procurar a unidade de saúde para receber. Importante lembrar que como estamos com duas campanhas para vírus diferentes, a pessoa deve esperar 14 dias para tomar a outra, para evitar a ocorrência de eventos adversos ou ainda o adoecimento”, orienta a diretora.
Segundo a Sespa, a cobertura vacinal de 57,7% da população está longe dos 90% ideais para garantir a imunidade, conforme indica o Ministério da Saúde. Entre os imunizados está a gestora de Recursos Humanos, Elcimara Lima.
“Eu já estou imunizada com as duas doses da Coronavac e também já tomei H1N1. Eu espero que todas as pessoas se conscientizem e não deixem de tomar, não pense negativo. Só tenho a agradecer ao Governo do Estado, ao nosso governador e a todas as pessoas envolvidas, que não medem esforços para que chegue a imunização e a saúde para todos”, disse Elcimara Lima.
SERVIÇO
A vacina está disponível nas Unidades de Saúde, de acordo com o horário local.
INFLUENZA
A influenza é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus A, B, C e D. O vírus A está associado a epidemias e pandemias, tem comportamento sazonal e apresenta aumento no número de casos. Já a vacina contra a covid-19 protege contra os vírus da SARS-COV-2.
Em tempos de pandemia também de notícias falsas, muitas pessoas passaram a olhar as vacinas com desconfiança, baseadas em informações infundadas compartilhadas sobretudo em aplicativos de mensagens e redes sociais. Comportamentos como esse, são alguns dos responsáveis pelo retorno do sarampo, após ter sido erradicado do país.
As vacinas estimulam a produção das defesas do organismo por meio de anticorpos específicos. Quando o vírus se instala no corpo, o sistema de defesa é reativado pelo sistema imunológico, limitando ou paralisando a ação e enfraquecendo os riscos de adoecimento.
As recomendações são as mesmas para todas as vacinas como procurar o serviço de saúde em casos de reações adversas, evitar bebidas alcoólicas por 48 horas, e respeitar o intervalo entra as doses da vacina contra a Covid-19.
Fonte: DOL