A operação “Muiraquitã 2”, da Polícia Federal, paralisou garimpos clandestinos dentro da Terra Indígena Kayapó, entre os municípios de Cumaru do Norte e Ourilândia do Norte, no sudeste do Pará. A operação foi marcada por protesto de garimpeiros na rodovia PA-287, que interditou a via. O número de garimpos paralisados não foi informado.
Foram inutilizadas 26 escavadeiras hidráulicas e 67 motores-bombas, além da apreensão de 59 mil litros de óleo diesel e 3 caminhões, sendo um bitrem. Quatro pessoas foram presas em flagrante, até então. Amostras de ouro também foram coletadas e, após analisadas, devem constar no banco de dados da PF para ajudar a identificar a origem de futuras apreensões do mineral.
Segundo a PF, a operação, de combate a prática de garimpos ilegais na TI Kayapó, teve envolvimento de 220 integrantes dos órgãos de segurança pública. A ação tem como base em decisão judicial do Supremo Tribunal Federal (STF), ttendo como foco a retirada de invasores da área indígena e a desativação de garimpos, com a apreensão de materiais e destruição de maquinários utilizados na prática ilegal, além da repressão de outros crimes ambientais gerados pela extração ilícita de minérios.
A Operação Muiraquitã 2 está no contexto de atuações da PF para proteção dos povos indígenas vulneráveis, a partir da identificação das terras indígenas submetidas a maior atuação de invasores, no território nacional. Outras ações estão em fase de planejamento em outras áreas.
Segundo a PF, o nome “Muiraquitã” se refere a artefatos talhados em pedra, chamada de amazonita, representando animais, especialmente sapos, mas também tartarugas ou serpentes. Teriam sido usados pelos povos indígenas Tapajós e Konduri, que habitavam a região do Baixo Amazonas, no Pará, até a chegada dos europeus, como amuletos, símbolos de poder, e ainda como material para compra e troca de objetos valiosos.
Com informações da PF