Desde o início da atual gestão, uma das principais frentes de ações do Governo Helder Barbalho é o combate à criminalidade, que antes fazia o estado do Pará encabeçar tristes posições no ranking nacional da violência. Atualmente, com a integração dos órgãos de segurança pública, o cenário é outro.
Sob o comando do delegado Walter Resende, a Polícia Civil do Pará vem demonstrando uma estratégia eficiente, que reflete diretamente na redução de crimes como homicídios, roubos e tráfico de drogas: a prisão de membros de facções criminosas.
“Nós atuamos em todos os tipos de crimes: do furto na esquina, passando pela investigação de mortes, até o roubo de grandes valores. Entretanto, com base no nosso Núcleo de Inteligência Policial (NIP), estamos investindo fortemente na investigação e prisão dos cabeças desses crimes. Essas pessoas são as que comandam o tráfico de drogas, as execuções de agentes públicos, entre outros crimes de grande potencial. Desta forma, agindo por cima, estamos conseguindo combater delitos em todas as esferas e economizando o erário público”, enfatizou o delegado-geral.
Investigação
O Núcleo de Inteligência da Polícia Civil (NIP), através do Grupo de Trabalho de Combate a Facções Criminosas (GTF), da PC-PA, em uma primeira etapa, iniciou o levantamento das ações e responsáveis por crimes cometidos contra a população paraense.
Em um ano de trabalho intenso, cerca de 100 faccionados foram retirados da liberdade. Desse total, 12 eram conselheiros finais e tiveram suas organizações criminosas desmontadas no Pará.
A primeira grande ação aconteceu há um ano. À época, foi deflagrada a “Operação Cabeças I”, que teve como resultado a prisão de quatro pessoas apontadas como chefes de uma associação criminosa. Ainda nesta etapa da Operação, um dos alvos revidou a prisão, trocou tiros com os agentes da PC e acabou morrendo. Apesar dos crimes investigados terem acontecidos no Pará, as prisões foram feitas em quatro estados: Goiás, Minas Gerais, Amazonas e Santa Catarina.
O delegado titular do Núcleo de Inteligência da Polícia Civil, delegado Temmer da Cunha Khayat, explica que morar em outro estado é uma estratégia dos criminosos, mas que isso não é barreira para a Polícia Civil do Pará.
“Nós fazemos o monitoramento das facções que se instalam ou tentam se instalar no Pará. Ocorre que a maioria das pessoas que estão à frente das organizações criminosas são foragidos da Justiça. Eles têm mandados de prisão em aberto, em virtude de condenações, de inquéritos com prisão preventiva decretada. E em razão disso, evadem-se do nosso estado. Procuram outras localidades da federação para se abrigar, geralmente com identidades falsas, e tentam viver normalmente. Mas, a distância, passam as diretrizes de atuação e o comando para criminosos no Pará“, explicou Temmer
Em julho deste ano mais um golpe na desarticulação no mundo do crime. A “mega Operação Medusa” obteve amplas ações de integração, com a Diretoria de Polícia Especializada, por Meio Divisão de Homicídios (DH/DHAP) e Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO/DRFC), e a Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), além do apoio da Polícia Civil dos Estados do Rio de Janeiro e Santa Catarina. No Pará as diligências foram realizadas em Belém e Ananindeua, na Região Metropolitana.
“Nesta importante Operação, nosso foco centralizou na captura de pessoas que estavam por trás da morte de agentes da segurança pública. Por meio de uma força-tarefa, conseguimos identificar e localizar esses indivíduos, que ceifaram a vida de pelo menos 25 trabalhadores. Com a ajuda inerente da Justiça, conseguimos mandados de prisão e busca e apreensão”, pontuou o delegado-geral.
Doze pessoas foram presas no dia “D” da Mega Operação. Em agosto, o 13° alvo, que estava foragido, foi localizado e preso na cidade de Palhoça, município que fica a 30 quilômetros de Florianópolis, capital de Santa Catarina.
Redução da violência
Desde 2010, julho foi o mês com menor registro de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), em comparação aos demais meses. Foram 153 casos de CVLI, que englobam homicídio, latrocínio e lesão corporal seguida de morte, superando, inclusive, meses em que havia restrições de circulação em via pública e proibição de funcionamento de estabelecimentos comerciais durante o período mais grave da pandemia de Covid-19.
No período anterior a 2019, entre 300 e 400 paraenses perdiam a vida em um único mês, vítimas da violência. O resultado positivo reflete a presença policial nas ruas e o trabalho integrado de todas as forças de segurança pública.
Fonte: Agência Pará