O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) negou o pedido de recurso do ex-prefeito de Bagre, município do nordeste do Pará, contra condenação expedida pela Justiça do Estado em 2016 por envolvimento na “máfia das ambulâncias”. De acordo com o juiz relator do caso, o réu agiu de dolo e a má-fé, ficando evidente o superfaturamento do preço das ambulâncias do município.
O caso dos Sanguessugas, ou “máfia das ambulâncias”, envolveu desvio de verbas públicas da saúde e foi alvo de investigação pela Polícia Federal iniciada em 2006.
O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) comprovaram que a quadrilha era liderada pela família de empresários, que em depoimento à Justiça confirmaram pagamento de propina de 10% a 15% sobre o valor de cada emenda apresentada ao Orçamento da União para a compra de ambulâncias e materiais da área de saúde.
De acordo com investigação da Controladoria Geral da União (CGU), o município de Bagre adquiriu a unidade móvel de saúde por R$ 79.488,00 da empresa Planam. Porém, o valor de mercado do equipamento era R$ 29.640,35. Após a verificação de superfaturamento, o MPF denunciou o ex-prefeito.