Durante a participação do Pará na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26), nesta segunda-feira (8), em Glasgow, na Escócia, é apresentada a “SeloVerde”, plataforma que mostra a importância da transparência para a produção e comercialização de produtos agropecuários sem o desmatamento na Amazônia, e que têm potencial para expandir para todo o Brasil.
A contribuição do Pará no encontro de líderes mundiais ocorre em palestra na Universidade de Strathclyde, a mais antiga e importante de Glasgow.
O objetivo do encontro permitiu que estados da Amazônia, governo federal, empresas e sociedade civil compartilhassem e conhecessem as soluções que estão sendo construídas, além de explorarem oportunidades para atender à crescente demanda por transparência.
‘SeloVerde’
O Governo do Estado do Pará e o Centro de Inteligência Territorial (CIT)/UFMG, através de Acordo de Cooperação Técnica (ACT), desenvolveram a plataforma ‘SeloVerde’, que disponibiliza dados da produção agropecuária e adequação ambiental por propriedades rurais com registro no Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Ela permite incorporar informações sobre uso da terra por diversos órgãos estaduais do Pará em um banco de dados integrado com o objetivo de se combater o desmatamento ilegal, promover a regularização fundiária e prover de um modo transparente a rastreabilidade da produção agropecuária.
A ‘SeloVerde’ é a primeira plataforma de dados cruzados no país com foco no controle socioambiental de propriedades rurais, fruto de uma década de pesquisa e integração de informações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama), da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará (Semas), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entre outras entidades.
A expectativa do estado ao levar o selo verde para a COP 26 é estimular os outros estados da Amazônia legal e também o Brasil a adotarem esta ferramenta como um aliado no combate ao desmatamento ilegal na região.
“O Pará espera ser modelo, espera estimular os demais estados a fazerem isso porque o desmatamento na Amazônia não pode ser algo de um estado sub nacional só, pra dar certo todos precisam estar trabalhando conjuntamente então se você tem instrumentos que são eficientes, que dão credibilidade a tudo que está sendo feito a aceitação será positiva”, aponta Mauro O’de Almeida, secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará.
Com a plataforma, tanto o produtor rural quanto grandes compradores poderão rastrear os dados da cadeia para saber a procedência dos animais. Também é possível saber se um produtor está revendendo gado de oriundos de propriedades que cometeram desmatamento ou outras ilegalidades.
Fonte: G1 Pará