O Instituto Evandro Chagas (IEC) divulgou nesta sexta-feira (28) a confirmação da variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2, em 12 amostras positivas para COVID – 19 provenientes de projetos de pesquisas do IEC que estão em desenvolvimento na região metropolitana de Belém. Esses são os primeiros casos confirmados da linhagem no estado do Pará.
Esta linhagem emergiu na África do Sul em novembro de 2021 e foi classificada pela Organização Mundial da Saúde como uma variante de preocupação (VOC-Variant of Concern) devido apresentar características em seu genoma que lhe conferem maior potencial de transmissibilidade. Após sua emergência, a variante Ômicron se disseminou rapidamente por diversas regiões do globo, sendo hoje a responsável pelo aumento de casos de COVID-19 em diversos países no mundo.
Pesquisa
O IEC é um dos três laboratórios responsáveis pela identificação de novas variantes do coronavírus no Brasil. O primeiro caso da variante delta no Pará, por exemplo, foi identificado pela instituição. No entanto, em reportagem ao g1, o IEC revelou que nunca recebeu amostras da Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) para tentar detectar a variante Ômicron do vírus SARS-CoV-2. Em nota, a Sespa disse que utiliza laboratório no Rio de Janeiro como referência. O laboratório, no entanto, segundo a própria Sespa, está com alta demanda.
O sequenciamento do genoma viral é uma técnica complexa, na qual é possível identificar a sequência de nucleotídeos que compõe a estrutura viral, permitindo identificar a variante presente na amostra analisada. Essa etapa tem sido essencial para o trabalho de vigilância genômica, pois possibilita a identificação das Variantes de Preocupação (VOC – sigla em inglês), a exemplo da Ômicron.
No que concerne à vigilância genômica do SARS-CoV-2, é uma atividade que vem sendo realizada pelos Centros Nacionais de Influenza (NIC – sigla em inglês), que são credenciados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a exemplo do Laboratório de Vírus Respiratórios do Instituto Evandro Chagas.
Fonte: G1 PA