Publicada na segunda-feira (1) no Diário Oficial do União, uma resolução do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) classificou os municípios do Pará quanto aos riscos da praga mosca-da-carambola. Na região oeste do estado, 12 cidades ficaram dentro da zona tampão, que autoriza o trânsito de frutas.
O inseto é uma das espécies de moscas-das-frutas que comprometem a produção e exportação dezenas de variedades de frutas acarretando sérios problemas econômicos.
De acordo com o documento assinado pelo Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas do ministério, os municípios estão divididos em zonas: Área sob quarentena (com detecção); Zona Tampão; e Área sem detecção.
As cidades dentro da área tampão tem liberação para trânsito de frutas por dois tipos de autorizações, sendo o Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) e Permissão de Trânsito Vegetal (PTV).
“O tomate vem lá da Bahia, a laranja vem de São Paulo para as distribuidoras daqui. Elas querem mandar para Parintins (AM). Nesse caso vai ser preciso um PTV para poder ficarmos embasados para o nosso PTV daqui. Essa seria a permissão”, exemplificou o engenheiro agrônomo, Raimundo de Matos.
O engenheiro agrônomo ressalta que o CFO é emitido pela Adepará às unidades produtivas regionalizadas. Responsáveis técnicos fazem o acompanhamento técnico com os produtores antes de emitir o documento que permite o trânsito das frutas.
Suspensão de trânsito
No final de novembro de 2018 o Mapa suspendeu temporariamente a saída frutas do estado do Pará porque houve registro da mosca-da-carambola em Melgaço e Breves, na região do Marajó.
Foram feitas auditorias do ministério e Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará) em todos as cidades do estado e verificaram que a situação havia sido contornada. Foi dado um prazo de mais 60 dias para fazer nova análise.
“Fizeram o levantamento novamente e verificaram que estava tudo zerado, por este motivo o governo divulgou a resolução, redividindo em zonas”, enfatizou.
Casos com detecção
Almeirim e Prainha, também no oeste do Pará, são os únicos municípios da região que estão classificados em zona com detecção da praga. As cidades ficam próximas da fronteira com o Amapá – estado com presença da mosca.
Monitoramento com armadilhas
Desde 2004 Santarém é monitorada com uso de armadilhas para a mosca-da-carambola, inicialmente com 20 equipamentos. Atualmente, o número subiu para 29. Também foram implantadas cinco em Belterra e cinco em Mojuí dos Campos.
As armadilhas são monitoradas duas vezes por mês e até o momento não foi registrada a presença da mosca. Caso seja encontrada um foco do inseto, é comunicado ao Mapa que, em seguida, suspense o trânsito de frutas no estado.
G1 Santarém