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Professora de escola interditada em Altamira pede socorro ao governador

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A falta de estrutura, que causou a interrupção das aulas em uma escola pública em Altamira, levou a professora  Scheyla Vanessa Ribeiro Reis, a escrever uma carta, apelando ao governador Helder Barbalho com pedido de socorro. A escola Estadual Ducilla Almeida do Nascimento, inaugurada em 2005,  está fechada há 15 dias, sem aulas por problemas estruturais no prédio.

Na carta, ela conta que há problemas na caixa d’água, que causa goteiras em todo o prédio, pois foi construída no telhado da escola. A professora informa ao governador, que após a diretora cobrar ao Estado, engenheiros foram enviados e apenas promessas de reformas foram feitas ao longo de quatro anos.

“Os engenheiros vinham, tiravam fotos, prometiam uma ação breve, mas, nada foi feito. Em 13 anos de funcionamento, quase 14, a escola nunca ganhou nem mesmo uma pintura. A caixa d’água que apenas gotejava, agora apresenta vazamentos constantes que provocam poças d’água pelos corredores e a sensação de estarmos andando em uma gruta, com goteiras permanentes em nossas cabeças”, diz um trecho.

A professora relata ainda que após vários documentos enviados à Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc) e ao Ministério Público, o conselho da escola decidiu tomar uma atitude. “Não nos sentimos seguros no espaço escolar com o concreto sendo “lavado” diariamente por uma água constante, arriscando assim, na nossa opinião leiga, a segurança das pessoas que fazem uso diário do prédio. Não quisemos arriscar sermos vítimas de outra tragédia anunciada, como tantas que tem assolado o país ao longo dos anos sempre pelos mesmos motivos: descaso pela vida humana e ambição desmedida”, desabafa.

Os funcionários da escola chamaram o Corpo de Bombeiros da cidade e um engenheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea), atitude que fez com que a escola fosse interditada deixando 1.200 estudantes sem aula.

A funcionária conta que a comunidade tem tentado pensar em uma solução mesmo sabendo não ser seu papel. “Se considerarmos que o Governo do Estado do Pará tem previsto para a educação para o ano de 2019 um orçamento de R$ 116,76 bilhões segundo dados do portal da transparência, não é possível que não haja recursos para construir uma caixa d’água nova e desinterditar a escola, ou ainda, alugar um prédio que nos comporte e reformar a escola que precisa de mais reparos do que apenas o emergencial”.

“Senhor governador Helder Barbalho, não temos outra pessoa a quem recorrer. Nosso problema hoje, é seu problema. Nossa angústia, deveria ser a sua angústia. Nossa resposta precisa ser imediata e concreta. Faça o que precisa ser feito e devolva o direito à educação pública de qualidade que está sendo retirado de 1.200 alunos há 14 dias”, pede a funcionária.

Portal Roma News

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