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Divisa orienta sobre presença e contato humano com caramujos gigantes africanos

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Lento e perigoso. É assim que o caramujo africano é caracterizado pela velocidade que se locomove e pela periculosidade que representa à saúde humana. O molusco é hospedeiro de parasitas transmissores de doenças que podem levar à morte.

Em 2019 ainda não houve registros na Divisão de Vigilância em Saúde (Divisa) quanto a infestação dessa espécie de caramujo em Santarém, no oeste do Pará. Já em 2018, o setor de endemias da Divisa atendeu uma ocorrência.

A área onde foram encontrados os moluscos ficava ao lado de um frigorífico na Avenida Borges Leal. No terreno a equipe recolheu todos os caramujos encontrados e fez o devido descarte, com queima e enterrando o que sobra para não haja contato com seres humanos.

Orientação

Em casos onde as pessoas encontrem caramujos, a Divisa orienta que as pessoas evitem o contato direto com o molusco e acionem imediatamente o setor de endemias para que faça o recolhimento correto dos locais infestados e descarte em local seguro.

Outra recomendação dada por especialistas é que seja feita a higienização de verduras, legumes e frutas. Estes alimentos devem ser lavados em água corrente e ser deixado de molho por 30 minutos em solução de hipoclorito de sódio a 1% (uma colher de água sanitária diluído em um litro de água filtrada), caso seja feito o consumo dos alimentos in natura.

Transmissão de doenças

Sem predadores naturais e com condições climáticas favoráveis, os moluscos se reproduzem em grande velocidade. Um deles pode gerar até 300 crias em apenas um ano.

Os caramujos causam perigo por transmitirem doenças como a angiostrongilose abdominal, uma doença que provoca perfuração no intestino e sintomas semelhantes aos de apendicite.

A angiostrongilíase meningoencefálica também pode ser transmitida por eles e pode levar à morte. As formas de contágio são pela ingestão do parasita, seja pelo manuseio do caramujo ou de alimentos contaminados pelo muco deles.

O caramujo africano foi introduzido ilegalmente no Brasil na década de 1980, no estado do Paraná, com o intuito de substituir o escargot, uma especialidade da culinária francesa. A criação da espécie foi proibida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), e muitos donos de criadouros liberaram os caramujos na natureza, sem tomar as devidas providências.

G1 Santarém

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