Durante coletiva realizada neste sábado, 6, o governador do Estado, Helder Barbalho, informou que deve investir R$ 100 milhões na recuperação da ponte e contornar os problemas causadas pelo acidente.
Para ajudar no deslocamento de cargas e caminhões, o governador afirmou que o número de balsas irá aumentar para auxiliar no tráfego do referido trecho do acidente aos portos Arapari, em Barcarena. A ideia é que em dez dias seja estruturado um terceiro porto também no complexo de Arapari.
Apesar de anunciar os investimentos, segundo o governador, a prioridade está nas buscas por possíveis vítimas do acidente.
Segundo informações de testemunhas, dois carros de passeio teriam caído com o desabamento da estrutura. O comandante de operações especiais dos bombeiros, Reginaldo Pinheiro, conversou com o portal Roma News e explicou como estão sendo feitas as buscas.
O Batalhão Rodoviário da Polícia Militar do Estado do Pará foi a primeira equipe a chegar no local do acidente. Logo pela manhã do sábado, a guarnição se reuniu para fazer um pronunciamento e apresentar as primeiras impressões sobre o ocorrido.
Imagens feitas por um internauta, mostra uma fila quilométrica formada na estrada que dá acesso ao porto do Arapari, em Barcarena. Centenas de motoristas de carros e caminhões tentam pegar uma das balsas que faz o transporte até a capital. A viagem pela baía do Guajará costuma levar, em média, uma hora. Porém, somente o tempo de espera para acessar o porto onde a travessia acontece, passava de três horas, até o final da manhã de hoje.
“Estamos esperando muito tempo e deve ficar pior. Há pessoas voltando pra Barcarena porque não querem ficar nessa fila sem saber a que horas vão chegar em Belém”, declarou o comerciante Ruan Vasconcelos que, mora em Barcarena e costuma ir a Belém visitar parentes aos finais de semana.
Cinco ano atrás (em março de 2014), um acidente quase idêntico ao da madrugada deste sábado, também derrubou parte da estrutura de uma das pontes sobre o rio Moju.
Naquela ocasião, uma balsa da Agropalma, que transportava 900 toneladas de dendê, se chocou com um dos pilares da estrutura de concreto localizada na PA-483, em um ponto diferente do município localizado no nordeste do Pará.
À época, foram necessários meses de reparos para que o tráfego de veículos fosse novamente liberado no local.
Ministério Público do Pará pede abertura de inquérito
Depois do acidente, o Ministério Público do Pará (MPPA) solicitou a abertura de um inquérito para investigar a colisão que provocou a queda da parte central da terceira ponte da Alça Viária, sobre no rio Moju, próximo à entrada do município de Acará, no nordeste do Pará.
A promotora de Justiça de Moju, Hygeia Valente, pede ao delegado-geral de Polícia do Pará que sejam ouvidas as testemunhas e proprietário da embarcação, perícia, além da verificação da documentação da documentação e do condutor.
Capitania dos Portos
Capitania dos Portos da Amazônia Oriental (CPAOR) informou que a balsa que colidiu com um pilar da ponte do complexo da Alça Viária, neste sábado, 6, estava em situação irregular e não deveria navegar.
O órgão informou ainda que, além de problemas na documentação, a embarcação estava com multa pendente de pagamento. Após o acidente o proprietário da balsa fugiu, mas ele já foi identificado e será notificado.
Portal Roma News