A polícia paraense divulgou o número de denúncias de importunação sexual contra a mulher. Somente nos três primeiros meses do ano, 91 denúncias de compartilhamentos ou divulgações de fotos e vídeos íntimos, pornográficos foram registradas. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (Segup), esse número é maior do que o total de ocorrências registradas nos últimos dois anos. Em muitos casos mulheres se tornam vítimas do ex-companheiros quando acaba o relacionamento.
É crime divulgar conteúdo pornográfico por qualquer meio desde setembro de 2018. A pena prevista em lei varia de um a cinco anos de prisão e a punição foi agravada se o crime for praticado por alguém que mantém ou tenha mantido relação íntima de afeto com a vítima, ou com fim de vingança ou humilhação.
O ambiente virtual é o meio mais usado para espalhar fotos e vídeos pornográficos. A delegada que investiga casos de violência contra a mulher diz que a maioria das vítimas não mede as consequências do risco de compartilhar com marido ou namorado fotos e vídeos íntimos durante o relacionamento.
“Muitos homens não se conformam com o fim do relacionamento e ele passa a importunar essa mulher. Muitos mantêm imagens da ex-companheiras em situações intimas e que esse material acaba sendo usado para fazer chantagens. O ideal é que a mulher não faça mas se optou em fazer que a pessoa tome cuidado e tenha uma cautela de como vai ser armazenado esse conteúdo”, diz a delegada.
G1 Pará