O grupo empresarial M.M.Gold, antiga Gana Gold, sediada em Itaitubá, no sudoeste do Pará, é alvo de investigações da Polícia Federal, que bloqueou R$1 bilhão em bens durante a operação Golden Greed. Duas pessoas foram presas preventivamente.
A ação na quinta-feira (7) cumpriu dois mandados de prisão preventiva e 33 mandados de busca e apreensão em Belém, Novo Progresso e Itaitubá, em investigações envolvendo extração e comércio ilegal de ouro no Pará. Carros e outros itens estão entre os itens apreendidos pela PF.
Segundo a PF, as atividades da mineradora foram suspensas. O g1 tentou contato com a empresa, mas não obteve respostas.
Dezenas de veículos e máquinas utilizadas na extração de ouro, foram apreendidos pela PF, após determinação da Justiça.
Os bens dos investigados bloqueados são correspondentes a impostos sonegados, ao ouro de origem ilegal e para a reparação de danos ambientais no local de instalação da mina.
Na quinta-feira (7), foram realizadas três operações simultâneas contra organizações criminosas que atuam na extração e comércio ilegal de ouro e suspeitas de cometer os crimes de lavagem de dinheiro, extração e comércio ilegal de ouro, corrupção, organização criminosa.
As operações Ganância, Golden Greed e Comando tinham ao todo 82 mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva no Acre, Goiás, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia e Mato Grosso e também no Pará.https://d3e38ebfc88fd1f3a2c2669c34dbf3d1.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
A investigação constatou a existência de uma organização criminosa, que atuava desde a extração ilegal, passando pela receptação de ouro de garimpo, até a venda a empresas não autorizadas sem o recolhimento de tributos.
A polícia descobriu que o minério era transportado do Pará para São Paulo e durante as investigações, a polícia identificou pilotos, aeronaves, intermediários, mineradoras e seus proprietário envolvidos nas atividades ilícitas.
Em seguida, ainda de acordo com as investigações, também foi identificado que a atuação irregular de servidores públicos da Agência Nacional de Mineração (ANM) no Pará permitiu que a empresa investigada fizesse a extração do minério mesmo sem as devidas licenças e documentações exigidas em lei, atuando inclusive em área de conservação ambiental. O g1 procurou a ANM, mas não obteve retorno.https://d3e38ebfc88fd1f3a2c2669c34dbf3d1.safeframe.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
Um relatório da Controladoria Geral da União aponta que o grupo atuava sem autorização do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em área de conservação ambiental, e que por isso, não houve adoção de providências pela ANM diante da ausência desta autorização.
Fonte: G1 Pará