A participação do Pará no “Chocolat São Paulo 2019” foi considerada um sucesso pelos expositores. O evento na capital paulistana chega ao fim neste domingo(14) e reuniu 10 estandes com produtos da cadeia produtiva do cacau paraense e de outros estados. A maioria vendeu tudo o que trouxe, mas também fechou negócios, divulgou seus produtos, conversou com visitantes e adquiriu conhecimento, trocando experiências com outros empresários do ramo que também estavam presentes em São Paulo.
A procura pelos sabores da Amazônia foi grande na feira e superou a expectativa dos expositores que fecharam negócios para os próximos meses. Em alguns casos, como do empresário Fábio Sicília, vai ser preciso expandir o empreendimento que fica em Belém, para dar conta da demanda obtida durante o evento. “Eu tenho a minha produção e consigo me programar para os períodos de pico. Só que aqui houve uma procura tão elevada que eu vou ter que me preparar para ela e para demandas ainda maiores. Pelo menos cacau, não será problema”, avaliou o empresário.
Assim como Fábio, que fez bons contatos comerciais em São Paulo, outro estande paraense estava praticamente vazio exatamente no último dia do festival. É que todo o chocolate que foi trazido da cidade de Santa Barbara, região metropolitana de Belém, foi vendido logo no segundo dia. “Uma cliente italiana provou os nossos chocolates e comprou todas as 280 barras que ainda tinham no estoque. Ela disse que ia levar para distribuir em um evento na Itália. Fico muito feliz com isso. Enxergo boas perspectivas no futuro”, comemorou o representante da chocolataria De Mendes, Cesar Mendes.
Investimentos – Aumentar os investimentos no setor cacaueiro do Pará foi a missão do governo do Estado no evento, que enviou uma comitiva para São Paulo. Além de empreendedores e empresários, a equipe contou com representantes das secretarias estaduais de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme) e de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), e da Companhia de Desenvolvimento Econômico do Pará (Codec). O grupo foi composto ainda pelos parceiros do Instituto de Gemas e Joias da Amazônia (Igama), que gerencia o Polo Joalheiro; da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), instituição pública de pesquisa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas empresas (Sebrae Pará), e do Centro Internacional de Negócios do Pará (Cin Par), da Federação das Indústrias do Pará (Fiepa).
“O governo do Estado auxiliou os produtores nessa oportunidade de fazer negócios com consumidores nacionais e internacionais. A ideia foi proporcionar um contato direto com o maior mercado do país. Os empreendedores fizeram boas negociações”, avaliou o titular da Sedeme, Iran Lima.
Além dos produtores de chocolate, os da cadeia produtiva do cacau também festejaram o desempenho na feira. O evento foi uma oportunidade de divulgar outros alimentos a base de cacau, como as amêndoas cristalizadas com açúcar mascavo, produzida pela Cooperativa Agroindustrial da Transamazônica (Coopatrans), localizada na região do Xingu. “A amêndoa conquistou o público porque ela é feita com cacau selvagem, nativo da região. Ele tem o sabor e aroma mais marcantes, com o terruá amazônico. O cacau paraense é um dos melhores do Brasil e do mundo, e nós mostramos isso para todos”, comentou o representante da Cacauway, fábrica de chocolate da Coopatrans, Fernando Mariano.
Por Ronan Frias