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13º salário vai injetar R$4,9 bilhões na economia paraense

Quase dois milhões de pessoas serão beneficiadas no estado, o que deve estimular consumo no fim de ano

Foto: Divulgação
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O pagamento do 13º salário de 2022 deve injetar R$4,9 bilhões na economia paraense neste fim de ano, segundo o Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos e Estatística (Dieese) do Pará.

O estudo só inclui trabalhadores formais com carteira assinada e o montante equivale a 2,1% do produto interno bruto do Pará, ou seja, a soma de tudo o que foi produzido e gerou dinheiro este ano no estado.

No total, 1.946.947 pessoas serão beneficiadas com o 13º salário deste ano, sendo 733.851 beneficiários da previdência social, como aposentados e pensionistas (correspondente a cerca de 37,7% do total de beneficiados) e outras 1.213.096 pessoas referentes a trabalhadores no mercado formal, seja do setor público e privado (62,3% do total).

Os empregados domésticos com carteira assinada respondem por cerca de 21 mil pessoas do total. Só o montante a ser pago aos aposentados e pensionistas soma mais de R$ 1,3 milhão, cerca de 27,2% do total.

A entidade estima que o valor médio a ser pago seja de R$2.298,59 quando desconsiderados os trabalhadores sob regime do funcionalismo público estadual e municipal. Os empregados do mercado formal, no geral, devem receber em média R$2.940,97, enquanto empregados domésticos com carteira assinada devem ficar com R$1.267. Já os proventos da previdência social devem gerar uma média de R$1.126,71.

“O número exato de pessoas que recebem algum tipo de abono de fim de ano é difícil de medir, bem como os valores envolvidos nesses abonos, ou quantidade de empresas que adiantam a primeira parcela do 13º salário, ou no meio do ano ou mesmo por ocasião das férias dos empregados”, afirma Roberto Sena, supervisor técnico do Dieese no Pará, ao elencar as fontes que basearam os estudos: a Relação anual de informações sociais (Rais) e do Novo cadastro geral de empregados e desempregados (Novo Caged) e a Pesquisa nacional por amostra de domicílios contínua (PnadC).

Na opinião do economista Valfredo de Farias, como não há nenhuma restrição no comércio, a economia deve girar com mais força do que nos últimos bimestres de 2021 e 2022. Ele lembra que além do 13º, há ainda o Auxílio Brasil.

“Vai ter muito mais dinheiro em circulação, o que pode resultar em um fim de ano muito bom para o varejo, e consequentemente, para a indústria, além de mais contratação de temporários. É uma configuração que estimula o consumo. Outra opção é pagar dívidas. É importante saber a prioridade de pagamento, que tem que ser a de maior desconto ou a de maior juros a serem cobrados. Outra dica é fazer esse dinheiro gerar mais dinheiro, seja comprando matéria prima para algum produto ou aplicando em um investimento”, aponta. 

“Mas existem fatores que limitam essa taxa de incremento, mesmo ela sendo maior que 2020 e 2021, como a inflação que etá em magnitude superior aos anos anteriores, as taxas de juros mais altas, o poder aquisitivo de grande parte da população, que no estado é historicamente  baixo, a taxa de desocupação que ainda se encontra em torno de 9,1%, mesmo sendo menor do que a de 2020 e 2021 e o as elevadas taxas de endividamento de 61,4% e de inadimplência, 24,8% dos endividados estavam com dividas atrasadas em outubro”, afirma Eduardo Yamamoto, presidente do Sindicato do Comércio Varejista e dos Lojistas de Belém. Ele lembra que, apesar desses obstáculos, o lojistas apostam na diversificação dos produtos para atrair clientes, além da facilitação da entrega dos produtos.

A técnica em enfermagem Carla Rocha recebeu a primeira parcela do 13º no último dia cinco e receberá a segunda em novembro. Ela adiantou a fatura do cartão de crédito e ainda guardou um pouco para comprar um presente de Natal para a mãe.

“Não estou planejando grandes gastos. Paguei minha fatura porque, se o dinheiro fica parado na conta, uma hora outra a gente gasta com alguma besteira. Já a segunda parcela estou pensando em guardar mesmo, para começar 2023 aliviada e sem preocupação com conta”, diz. 

Fonte: O Liberal

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