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Estado assina cooperação de dados com a Polícia Federal

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O Pará é o segundo estado do país a assinar o termo de cooperação técnica em parceria com a Polícia Federal para o compartilhamento de tecnologia e informações, que possibilitarão o acesso integrado de uma série de serviços. O convênio permite acesso a busca e identificação de pessoas desaparecidas através de um sistema automatizado de impressões digitais, capaz de armazenar mais de 200 milhões de registros, cobrindo toda população brasileira.

O assinatura do convênio ocorreu na tarde desta segunda-feira (13), na sede da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), na presença de todos os órgãos estaduais que compõem o Sistema Estadual de Segurança Pública (Sieds), como Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Instituto Renato Chaves, Detran, Susipe, além do Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal.

“Com a assinatura nós damos um novo passo para o combate à violência de forma mais qualificada. Violência se combate com inteligência, daí a necessidade de cruzar dados com outras instituições, e eles também possam também utilizar o nosso banco de dados”, informou o Secretário de Segurança, Ualame Fialho.

O sistema, que conta até o momento com a participação dos estados de Goiás e Pará, consiste no fornecimento, por parte da PF, de vários bancos de dados já existentes, como o Afis (Automated Fingerprint Identification System), um Sistema de identificação automatizada de impressões digitais que registra todas as impressões e qualificações civil e criminal de pessoas, facilitando a resolução de crimes e integrando nacionalmente todas essas informações.

SALTO

O diretor do Instituto Nacional de Identificação da Polícia Federal, Brasílio Caldeira Brantes, falou sobre as vantagens de interligação de informações em várias esferas de atuação. “As polícias civis têm um sistemas próprio, a Polícia Federal também, mas elas não conversam. Desta forma, estado por estado, nós vamos atuar na inteligência e identificação. Só na minha área de atuação, por exemplo, são cinco sistemas a serem disponibilizados para os estados”, conta.

Sistemas compartilhados

Entre os sistemas que serão compartilhados estão o acesso ao Sistema Nacional de Identificação Criminal, o Sistema de Retratos Falados e o Sistema de Identificação de Cadáveres. Em contrapartida, a Segup fornece à PF acessos aos sistemas do Pará.

Outros órgãos fundamentais para o bom uso dessa ferramenta são os institutos de perícias científicas de cada estado. “Um exemplo prático, se você pegar uma cena de crime preservada, onde o quadro pericial de papiloscopistas levantem um fragmento e joguem nesse sistema Afis, que têm 220 milhões de cadastros, ele poderá dar o nome de alguém que esteve naquela cena para que a autoridade policial investigue”, explica.

A expectativa é que até o final do ano todos os estados façam parte do cadastro. A Polícia civil será a responsável pela troca de informações junto à Polícia Federal. O cadastro começará pelos funcionários das instituições e dentro de alguns meses deve estar totalmente integrado. “Efetivamente vamos dar um salto muito grande nas investigações criminais e cíveis, com uma ferramenta que vai ajudar de uma só vezes todos os estados nas mais diversas esferas”, destacou o Delegado Geral Alberto Teixeira.

Outro benefício é a contribuição para o Sistema Penitenciário, no que diz respeito ao cadastramento da população carcerária, pois a interligação poderá evitar, de forma mais efetiva, que pessoas presas sejam cadastradas com mais de um nome, em situações de reincidência, ou com nomes falsos.

Fonte: DOL

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